Candidatos avaliam campanhas e sentem falta de debates na OAB-MS
A corrida pela presidência da OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil seccional de Mato Grosso do Sul), que termina nesta quinta-feira, foi marcada por pedidos de impugnação aos adversários e apresentação de propostas que beneficiassem não apenas a categoria, mas que retomassem o protagonismo da entidade perante a sociedade. Alguns candidatos consideraram ruim a falta de momentos em que todas chapas pudessem expor suas ideias e discuti-las aos olhos dos eleitores.
Luiz Renato Adler considerou a campanha positiva. “Conseguimos um grupo quer tem uma cumplicidade e harmonia muito grandes. Todos trabalharam, se doaram. Eu só achei que faltou o debate entre os candidatos. Campanha da ordem sem debate, não é campanha. Tentamos vários, mas a nossa chapa foi a única que topou participar. Os advogados perdem com isso”, afirma.
A chapa dele também teve pedido de impugnação contra um dos conselheiros, que seria parente de outro membro da chapa, mas segundo o candidato, a situação foi superada pelo indeferimento do processo perante a comissão eleitoral da entidade.
Entre as propostas apresentadas, a que mais teve destaque durante a campanha foi a contratação de um advogado para ficar de sobreaviso 24 horas por dia para garantir as prerrogativas da categoria. “Hoje nós só temos voluntários e pretendemos ter um profissional contratado para isso, com revezamento nos fins de semana e feriados”, completa.
Afeife Hajj considera a campanha “mais que ótima”, prometendo uma gestão com ética, moral e dignidade. “O interior já disse que quer um candidato para uma OAB independente, advogado respeitado. Eu entendo que a OAB tem que ser independente dos partidos, dos políticos e dos poderes. Tem que ser harmoniosa”, opina.
O douradense também sentiu falta de discussões mais amplas entre os concorrentes. “Chamei todos para o debate e nenhum quis debater. Talvez eles não conhecem as normas e não estão preparados para discutir”.
“Percorri todo o estado, comarca por comarca e sei todo o sofrimento dos colegas do interior e também na Capital. As prerrogativas, não existem. Nossos advogados estão desamparados, não teve reciclagem e o Código Penal veio para ficar”, pontua.
Em números – Na próxima sexta-feira, 7.781 advogados vão às urnas para escolher o novo presidente da OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil seccional de Mato Grosso do Sul). Segundo a Comissão Eleitoral da OAB-MS, para serem considerados aptos a votar, os advogados inscritos na ordem devem estar com as anuidades em dia. Em Campo Grande, 4.821 irão participar do pleito junto com outros 2.960 no interior.
Para organizar o processo, foram escolhidos e treinados 48 mesários na Capital e 99 nos demais municípios, que deverão operacionalizar 47 urnas eletrônicas emprestadas pela Justiça Eleitoral para a disputa, sendo 14 em Campo Grande e o restante no interior.
Também irão atuar 564 fiscais durante o pleito em todo o estado. A instituição também revelou que a comissão já recebeu vários pedidos de impugnação e emitiu 14 decisões, entre deferidas e negadas.