Caos no trânsito e dejetos de cavalo: difícil passear pelo Parque dos Poderes
A passagem de veículos é muito confusa nas ruas laterais, sendo fonte de reclamação dos usuários
Uma das poucas opções de lazer do campo-grandense no domingo, o projeto Amigos do Parque, realizado no Parque dos Poderes pode ser uma dor de cabeça a mais. Para quem tenta se desestressar, o caos pode acabar dando o efeito contrário: o trânsito confuso nas ruas laterais é fonte de reclamação dos usuários, que afirmam não conseguirem transitar em mão dupla.
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O Parque dos Poderes, em Campo Grande, tem sido alvo de reclamações devido ao trânsito confuso nas ruas laterais durante o projeto Amigos do Parque, realizado aos domingos. Usuários relatam dificuldades para encontrar vagas de estacionamento e para transitar no local. Além disso, o policiamento a cavalo causa transtornos, com fezes de animais caindo na pista, colocando em risco ciclistas e outros usuários. A situação já foi levada à Agetran e ao Comando da Polícia Militar. Um atropelamento de um quati também foi registrado no local, antes do fechamento da avenida para carros.
Hoje, o dia estava propício ao passeio, mas foi difícil chegar até o parque. As ruas no entorno são usadas nos dois lados como estacionamento e quem tenta passar, faz malabarismo para não bater. Quando dois carros se encontram, em lados opostos, alguém precisa dar ré para permitir a passagem. A fila de carros vai crescendo e chegado a bairros próximos, como no Cidade Jardim.
“Admirei tanta gente que tem. E o trânsito aqui, pra você achar uma vaga para estacionar, Deus me livre! Foi difícil de achar, muito difícil. Demos sorte que uma mulher tava saindo, eu manobrei ali rápido e esperei ela", explica o contador Idael Crispim da Fonseca, de 63, que foi ao parque junto com a esposa.
O advogado André Luiz Barbosa Reis, de 29 anos, também reclamou do trânsito. “Eu não sei nem como que eu vou fazer. Eu não sei se eu vou por lá, se eu vou por cá, se eu sigo reto. Porque também ali dentro do parque já está lotado, né? Vou ter que ver no GPS onde que está melhor”, comentou.
A psicóloga Marciele Cristina de Souza, de 34 anos, disse que o campo-grandense descobriu o parque “agora”. “Venho quase todo domingo, mas ultimamente está mais cheio. Acho que parece que campo-grandense descobriu o parque agora. Lota tanto que fica perigoso para caminhar por causa das bicicletas e dos skates. Tem muitos que não respeitam”, afirmou. Ela estava no parque com a filha de oito anos de idade.
Mas o policiamento a cavalo também gera transtornos. Como os animais defecam enquanto andam, muitas das fezes caem na pista, onde passam os ciclistas e outros usuários, como quem caminha e corre, ou passeia de patins. Outro risco apontado por leitor do Campo Grande News é que os animais podem se assustar na travessia da pista, causando acidente.
E para piorar, teve até animal atropelado hoje. Antes do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) fechar o parque para os carros, um quati morreu, conforme relato de corredora, que não quis se identificar.
“Um Ford Ka branco em alta velocidade matou o quati. O povo anda correndo demais ali no parque. É lotado de gente fazendo exercício desde cedo e 6 h já estava bem cheio. Qualquer hora um carro vai matar o pessoal da corrida, ciclismo. O Detran fecha a avenida às 7h, mais tarde”, disse a corredora.
A reportagem apurou que a situação das ruas laterais já foi levada à Agetran (Agência Municipal de Trânsito), que é responsável pela fiscalização e o Comando da Polícia Militar também já sabe da reclamações relacionadas aos cavalos.
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