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Capital

Capital ganha ciclovias, mas ciclistas reclamam da falta de bicicletários

Filipe Prado | 05/01/2014 17:13
Postes, placas e parquímetros viraram "estacionamento" para as bicicletas (Foto: Cleber Gellio)
Postes, placas e parquímetros viraram "estacionamento" para as bicicletas (Foto: Cleber Gellio)

Mesmo com cerca de 90 quilômetros de ciclovias em Campo Grande, ciclistas sofrem com a falta de locais para deixar as bicicletas no Centro da cidade. As árvores, postes e até parquímetros viram “estacionamento” para quem precisa ficar na região central.

“A ciclovia é uma maravilha”, comenta a dona de casa Lucimar Vilanova, 56 anos. Ela relata que a ciclovia foi uma grande conquista dos ciclistas, mas ainda faltam os bicicletários. “Seria dez se tivesse alguns bicicletários, pois venho todos os dias para o centro e incomoda ter que para em um local diferente todos os dias”.

A dona de casa afirma que pela falta de um local específico para as bicicletas, eles ficam inseguros. “Paro em árvores, postes, portões, é o único jeito, mas não é nada seguro”, afirma a Lucimar.

Lucimar relata que este é o único jeito de para no centro da cidade (Foto: Cleber Gellio)
Lucimar relata que este é o único jeito de para no centro da cidade (Foto: Cleber Gellio)

O representante comercial Diego Moraes, 28, sugere que os bicicletários fossem colocados junto à ciclovia. “Eu utilizo muito a bicicleta e acho que poderiam colocar o bicicletário no próprio canteiro central”, relata.

Ele afirma que hoje parar no Centro é perigoso para os ciclistas. “Alguns amigos meus já foram roubados aqui, levaram as bicicletas deles. Acho perigoso ter que prendê-las em postes ou placas, então temos que ter um cadeado muito bom”.

O presidente da Associação dos Ciclistas Amadores de Mato Grosso do Sul, Clemêncio Frutuoso Ribeiro, comenta que vários pontos com bicicletários deveriam ser colocados no centro da cidade. “Eu acho que em cada estabelecimento deveria ter um bicicletário, além disso, em alguns pontos estratégicos, como a praça Ary coelho e a do Rádio e o parque das Nações Indígenas”,sugere.

Com o aumento de 30% de ciclistas em Campo Grande, Ribeiro ressalta que os terminais de ônibus também poderiam ser pontos de “estacionamento” de bicicletas. “Os terminais seriam o canal, pois os ciclistas poderiam deixar as bicicletas ali e ir trabalhar ou ir ao centro”, relata.

Mesmo com as vantagens dos bicicletários, alguns ciclistas não aprovam a ideia do estacionamento próprio. “Eu acho que não deveria ter, porquê com certeza ele iriam querer cobrar, então prefiro colocar em algum poste”, comenta Francisco Freitas, 36.

Francisco prefere que não haja bicicletários, para evitar que sejam pagos (Foto: Cleber Gellio)
Francisco prefere que não haja bicicletários, para evitar que sejam pagos (Foto: Cleber Gellio)
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