Casos de conjuntivite aumentam 80% e fumaça de incêndios pode piorar quadro
Houve 1.839 notificações de conjuntivite na Capital entre janeiro e outubro do ano passado; este ano são 3.327
O Cievs (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde) da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) emitiu este mês alerta para aumento de casos de conjuntivite em Campo Grande. O comunicado leva em conta que a quantidade já está maior em relação ao ano passado e também, a estiagem e a má qualidade do ar devido às fumaças de incêndios.
“Ao analisar a série histórica, observou-se que a partir da semana epidemiológica 27 (agosto) ocorre um aumento nas notificações de conjuntivite. A incidência de conjuntivite aumenta durante a seca porque diminui a frequência da chuva, há mais alérgenos e poluentes suspensos no ar”, cita o comunicado.
Pelos dados, houve 1.839 notificações de conjuntivite em Campo Grande entre janeiro e outubro do ano passado. Já este ano, são 3.327, aumento de 80,9%. Para o Cievs, o início da primavera é crítico para a doença e já é previsto aumento de notificação, entretanto, este ano está muito maior.
A fumaça dos incêndios no Pantanal e na Amazônia chegaram em Campo Grande na semana passada, como mostrou o Campo Grande News. Isso significa que a qualidade do ar está baixa e que pessoas mais sensíveis podem ter problemas respiratórios e mesmo conjuntivite devido ao acúmulo de partículas poluentes suspensas.
Dados do QualiAr, da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), indicam que a qualidade do ar na Capital está ruim, em 92 pontos. Vale ressaltar que o ar da Capital é geralmente bom, com índice de 0 a 40, conforme o LCA (Laboratório de Ciências Atmosféricas). A pontuação indica o nível de partículas suspensas no ar.
Veja o alerta abaixo:
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