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Capital

Casos de meningite na Capital superam ano de 2021

Até o momento, 68 casos da doença foram registrados pela Secretaria de Saúde da Capital

Natália Olliver | 09/11/2022 15:40
Criança recebendo imunizante (Henrique Kawaminami)
Criança recebendo imunizante (Henrique Kawaminami)

Até o mês de outubro, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) contabilizou 68 casos de meningite em Campo Grande, contra 62 em todo o ano de 2021. O cenário é reflexo da baixa cobertura vacinal dos imunizantes disponíveis pelo município contra a doença Meningocócica C e Meningocócica ACWY.

A pasta informou que apenas 58,73%, ou seja, 51 mil crianças que fazem parte do público alvo, de três a cinco meses de idade, receberam o sorotipo C. O imunizante também é oferecido na rede pública com uma dose de reforço aplicada aos 12 meses de vida do bebê. Em contrapartida, no ano de 2021, 82,93% das crianças foram imunizadas em Campo Grande com o mesmo sorotipo, a taxa é 29% menor que o percentual observado este ano.

“Reforçamos que a Capital tem percebido nos últimos anos uma redução na busca às vacinas em geral, cenário este que se repete em todo o país e que facilita a transmissão de doenças imunopreveníveis e outras que já estavam extintas em território nacional”, evidenciou a Secretaria.

Apesar de recomendada para crianças a partir de 2 meses, na rede pública, o imunizante ACWY só está disponível gratuitamente para adolescentes entre 11 e 12 anos de idade. A Sesau acrescentou que o Ministério da Saúde não realiza o rastreamento da cobertura vacinal nessa faixa etária, portanto não é possível saber quantos procuraram os postos de saúde e se vacinaram contra meningite.

“Mesmo havendo outro imunizante, a Meningocócica ACWY, que foi prorrogada até junho de 2023, em caráter de exceção para o público de até 14 anos, em virtude dos surtos da doença no país, só é possível realizar o acompanhamento da cobertura em crianças de até 1 ano, visto que esta é a orientação do Ministério da Saúde”, frisou.

Meningite - A meningite pode afetar pessoas em qualquer faixa etária, mas compromete principalmente bebês e crianças em idade pré-escolar, até os cinco anos. Se não tratada adequadamente, ela pode causar sequelas como surdez, amputações, lesões cerebrais e infecções generalizadas. Isso porque a meningite é uma Inflamação das membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal, geralmente causada por infecções.

Os casos têm preocupado pais de crianças na faixa etária de 3 a 5 anos, nas escolas da Capital. A reportagem foi informada, através do canal de denúncias do Campo Grande News, Direto das Ruas, a respeito de um suposto surto de meningite em um colégio particular da cidade. Procurada, a instituição informou que teve conhecimento de três casos de meningite viral, mas que todos já estavam sendo tratados e as crianças passam bem.

“Em todas as situações de enfermidades virais (vômito, febre, diarreia, dor de cabeça, mal estar geral) a Escola orienta aos pais e responsáveis que procurem assistência médica e que não tragam as crianças para o Colégio. E quando diagnosticada, a criança fica afastada conforme orientação médica”, disse em nota.

A meningite viral é a forma mais comum e mais leve da doença, frequentemente acomete crianças pequenas e bebês, especialmente no primeiro ano de vida. O quadro viral costuma desaparecer espontaneamente, sem a necessidade de tratamentos específicos.

Transmissão - As meningites citadas são transmitidas através do contato direto com as secreções respiratórias ou fezes de uma pessoa infectada pela bactéria Neisseria meningitidis. Tosse, espirros e salivas também são maneiras de transmitir a bactéria e o vírus.

Prevenção - A forma mais simples e eficaz de prevenir as meningites é a vacinação. A Sesau ressaltou que todas as vacinas, tanto a tipo C quanto a ACWY, e demais imunizantes estão disponíveis nas 73 unidades de saúde da cidade, de segunda a sexta-feira, e nas unidades que realizam plantões de vacinação aos sábados e feriados.

Matéria atualizada às 13h21 para correção de informação.

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