Integrantes do Movimento Sem Terra devem permanecer acampados no Incra até a quarta-feira
Cerca de 300 representantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) passaram a noite no Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Campo Grande e devem deixar o órgão apenas na próxima quarta-feira.
Eles querem que a pauta de reivindicações apresentadas ao órgão no último dia 30 seja atendida e entre outras coisas, pedem a nomeação de um superintendente para o Mato Grosso do Sul. O atual responsável pelo órgão no Estado, Manoel Furtado, atua de maneira interina e responde também, pelo Estado do Rio de Janeiro.
Os sem terra cumprem programação nesta quarta-feira que inclui uma marcha até o Ministério Público Estadual e Federal onde pretendem protocolar um documento que, segundo o coordenador estadual do MST, Tadeu Moraes Delgado, pede providências sobre a suspensão de recursos e benefícios concedidos aos assentados e acampados do Movimento.
Segundo Tadeu, o Ministério Público suspendeu o pagamento enquanto não houver o levantamento de lotes com irregularidades no cone sul do Estado. “Queremos saber quem vai se responsabilizar por nossas perdas”, afirmou.
Durante a semana os sem terra também prometem uma ida até a Assembleia Legislativa, no Parque dos Poderes, para apresentarem suas reivindicações aos deputados.
Ainda hoje os representantes do MST da região do Vale do Ivinhema devem ‘engrossar’ o movimento se juntando aos que já estão acampados na sede do Incra. “Devemos ser 500 até o fim do dia”, afirmou.