Cidade do Natal é alternativa de lucro para comerciantes no Parque das Nações
Pelo terceiro ano consecutivo, a Cidade do Natal, localizada nos altos da avenida Afonso Pena, em Campo Grande, mostra solidificação, por meio de variedades de diversão como a pista de patinação, conquistando assim o público campo-grandense, sul-mato-grossense e até de outros estados. No local, quem também comemora são os comerciantes que chegam a lucrar até R$ 10 mil reais em dias de grande fluxo.
A cada ano que a Cidade do Natal é inaugurada, o vendedor de cocos Ronaldo Ivan Zuim, 44, fica animado, afinal, obtém lucro extra com mais cocos vendidos e também com um estacionamento improvisado que mantém em sua casa, localizada nos altos da Afonso Pena. Para estacionar no local, o motorista desembolsa R$ 10.
“Em dias normais eu tiro cerca de R$ 400 só vendendo cocos. Quando é época da Cidade do Natal, meu lucro diário, unindo a venda de cocos com o estacionamento, é de R$ 1,2 mil”, frisa Ronaldo.
Apesar da grande movimentação na região, Valdeir Marques Pereira, 30, frentista do Auto Posto Nações Indígenas, explica que o movimento no estabelecimento comercial não é diferenciado com a abertura da Cidade do Natal. “Só tem mais bagunça e gente bebendo cerveja, porque o fluxo, pelo menos no posto, é o mesmo”.
Diferente do que informam os comerciantes que possuem barracas de lanches e bebidas na Cidade do Natal, que neste ano conta com duas bancas de bebidas, algumas de sorvete e oito de lanches variados, como crepes, cachorro-quente, pasteis, algodão doce, empadas, pizzas, esfirras e quibes.
A comerciante Thais Diniz, 24, funcionária de uma barraca de bebidas, diz que vende mil reais diários. Ela argumenta que é muito difícil as pessoas que vão ao local não consumirem bebidas e comidas. “Pelo menos uma água ou refrigerante elas compram, devido ao calor”.
Já na Empada Brasil, o comerciante Allysson Vidal, 22, costuma vender em média 400 empadas por dia. “O estabelecimento lucra R$ 1,2 mil em dias de grande fluxo como sábado, domingo e segunda”.
Conforme Solimar Almeida, coordenadora de atividades artísticas da Cidade do Natal, o maior público registrado neste ano foi de 60 mil entre os dias 25, 26 e 27. Em cada um deles, 20 mil pessoas visitaram o local, das 10h às 22h.
“Foi um grande público, que pode não ser visto no Ano Novo, já que muitas famílias viajam. Mas o interessante é que as crianças são as principais frequentadoras do local”, reitera Solimar, chamando a atenção para o fato de que a Cidade do Natal funcionará até o dia 9 de janeiro.
Solidariedade - Presente no local desde sua inauguração, em 2008, o Bazar da Solidariedade oferece ao público brinquedos, roupas, materiais, cerâmicas, quadros, entre outros produtos a preços em conta, de acordo com a auxiliar social Enilza Gaúna, 35.
As verbas arrecadas são destinadas ao Fundo de Apoio à Comunidade, da prefeitura de Campo Grande, bem como ao Cras (Centro de Referência de Assistência Social). Diariamente, uma economia de R$ 900 reais é injetada no local.
Funcionária da barraca central de bebidas, Gabriela Souza Menezes, 18, alega que em dias de grande visitação, como sábado, domingo e segunda, as vendas diárias são de R$ 10 mil.
Aprovação - Os namorados Kerolen Paloma, 17, e Kesley Popovips, 19, de Bataguassu, visitaram pela primeira vez a Cidade do Natal, nesta sexta-feira. Eles saboreavam cachorros quentes, quando conversaram com a reportagem do Campo Grande News. Para o casal, a variedade de alimentos e bebidas para consumo é um grande diferencial.
“Assim o público tem mais opções de lanches e também de bebidas. Acho que deveria ter mais barracas”, sugeriu Kerolen.
De São Paulo, a família Gonçalves Sotocorno se surpreendeu com a Cidade do Natal e parabenizou a decoração local, bem como a diversidade de opções de barracas de alimentação. “Com esse calor cai bem um refrigerante bem gelado ou uma água de coco”, disseram Jesânia e Celso.
Frequentadoras assíduas da Cidade do Natal, Maria José Taveira, 61, e Ana Lúcia Mendes, 40, revelam que toda vez que visitam o local “é sagrado comprarmos algo gelado para beber”.