Colegas de profissão e alunos de delegado morto cobram punição para crime
Colegas de profissão e alunos do delegado aposentado Paulo Magalhães, de 57 anos, assassinado na última terça-feira, se uniram hoje em manifestação por Justiça.
“A categoria perdeu um grande companheiro. Estamos buscando atenção da Justiça. Os responsáveis precisam ser descobertos e presos”, afirma a delegada Regina Márcia Rodrigues, amiga de Paulo há 20 anos. Ela lembra que ele sempre lutou contra a corrupção.
Aluno do delegado, que também era advogado e professor universitário, Jordão Aguiar Santana assegura que os ideais do mestre não serão esquecidos. “Protestamos contra a corrupção, violência e impunidade”, diz.
O grupo se concentrou nos altos da avenida Afonso Pena, no Parque das Nações, e seguiu para a Praça do Rádio. Paulo Magalhães foi executado a tiros enquanto esperava que a filha de 11 anos saísse da escola. O crime foi na rua Alagoas, próximo à Rua da Paz, no Jardim dos Estados, em Campo Grande. No total, seis tiros de pistola 9 mm atingiram Paulo.
Hoje, a menina participa da mobilização. Na camiseta dos amigos, uma mensagem de coragem: “Os covardes morrem várias vezes antes da sua morte, mas o homem corajoso experimenta a morte apenas uma vez”.
No site da ONG Brasil Verdade, a qual presidia, Paulo Magalhães divulgou que respondia a 21 ações criminais e 8 cíveis sob a alegação de calúnia e difamação contra servidores públicos federais e estaduais. Com a sua morte, a família encerrou a página. (Colaborou Giselli Figueiredo)