Com 212 novas notificações de dengue, prefeitura intensifica ações nos bairros
O serviço dos agentes de saúde inclui vistoria de imóveis, recolhimento de materiais e eliminação de focos
A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) tem reforçado com a população sobre a importância de prevenir os casos de dengue no verão, época em que aumenta a proliferação do mosquito Aedes aegypti, que também transmite zika e chikungunya. Do dia 1° a 16 de janeiro, foram notificados 212 casos da doença, em Campo Grande.
No ano passado, a Capital registrou 17.033 notificações de dengue e 6 óbitos provocados pela doença. Foram notificados, de janeiro a dezembro de 2023, 92 casos de zika e 176 de chikungunya.
O pico da doença foi registrado em abril, com mais de 3 mil casos notificados. A partir de junho, houve redução expressiva com estabilização nos meses seguintes.
As ações desenvolvidas pela Sesau incluem vistoria de imóveis, recolhimento de materiais inservíveis e eliminação de focos, além de reforçar ações educativas e de mobilização social nas sete regiões urbanas, distritos e assentamentos de Campo Grande.
As iniciativas também são aplicadas na Atenção Primária, por meio das unidades básicas e de saúde da família, e nas escolas em período letivo.
Desde novembro do ano passado, as equipes intensificam as medidas previstas no Plano de Contingência Municipal, que estabelece metas para conter uma possível epidemia de arboviroses, além de estabelecer diretrizes quanto à assistência e organização de fluxo. As diretrizes foram publicadas no último mês, prevendo estratégias a serem executadas até 2025 para evitar o aumento no número de casos.
Apesar de os casos de dengue estarem estáveis, a superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Veruska Lahdo, demonstra preocupação com o vírus.
“Neste momento, é fundamental unirmos nossos esforços para impedir a proliferação de criadouros do mosquito. Além de carregar quatro variantes do vírus da dengue, esse inseto também representa risco de transmissão do zika vírus, chikungunya e diversas outras arboviroses”, destacou.
Ela lembra ainda do risco da reintrodução do sorotipo DENV-3, um tipo de vírus da dengue, em território brasileiro, que não tinha registros há mais de 15 anos.
Outras ações - No início do ano passado, a Prefeitura de Campo Grande lançou a operação “Mosquito Zero”. Ao longo de 4 meses, as equipes percorreram as sete regiões urbanas e distritos do município.
Foram mais de 80 mil imóveis vistoriados, toneladas de materiais recolhidos e centenas de focos do mosquito Aedes aegypti eliminados.
Também foi ampliada a adesão ao projeto “Colaborador Voluntário”, com ações compartilhadas entre o poder público e privado. Além disso, foram usadas as “ovitrampas”, que são armadilhas que servem para medir a presença do mosquito.
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