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Capital

Com 44% mais pacientes em 7 anos, Nosso Lar busca apoio para ampliação

Diretor-presidente destaca a alta da demanda por atendimentos psiquiátricos e a necessidade de aumentar leitos

Por Jhefferson Gamarra e Caroline Maldonado | 10/10/2023 12:57
Diretor-presidente do Hospital Nosso Lar, Enier Guerreiro da Fonseca (Foto: Caroline Maldonado)
Diretor-presidente do Hospital Nosso Lar, Enier Guerreiro da Fonseca (Foto: Caroline Maldonado)

Em uma sessão ordinária realizada nesta terça-feira (10), na Câmara Municipal de Campo Grande, o diretor-presidente do Hospital Nosso Lar, Enier Guerreiro da Fonseca, fez um apelo aos poderes públicos municipais e estaduais por maior apoio financeiro e estrutural para ampliar a capacidade de atendimento da instituição.

De acordo com números apresentados, de 2016 a 2023, o hospital enfrentou um aumento significativo na demanda por seus serviços, refletindo a crescente prevalência de doenças mentais na sociedade. Nesse período, houve um aumento de 44% no volume de atendimentos.

Para atender a essa demanda crescente, o hospital expandiu sua capacidade de leitos de 127 para os atuais 180, um incremento de 41%. No entanto, segundo o diretor-presidente, esse número ainda está aquém do necessário, e ele pede ajuda do poder público para aumentar pelo menos de 40 a 50 vagas adicionais.

Números apresentados pelo diretor do hospital (Foto: Caroline Maldonado)
Números apresentados pelo diretor do hospital (Foto: Caroline Maldonado)

"Hoje nós temos 66 leitos pelo SUS, nós temos 100 leitos pelos planos de saúde e nós temos mais 20 leitos para o dependente químico. A verdade é que ainda temos filas de espera, porque a procura tem sido cíclica", alertou. "Mas eu digo hoje o seguinte, se nós tivéssemos mais umas 40 a 50 vagas, aí já ajudaria bastante. Por isso vim pedir ajuda nesse sentido", reforçou Fonseca.

Fonseca enfatizou a expertise da instituição no tratamento psiquiátrico e a necessidade de apoio público: "Primeiro, precisamos sensibilizar a Câmara e o município de Campo Grande para a necessidade de um hospital psiquiátrico como o Hospital Nosso Lar, pois essa expertise nós temos há 57 anos".

Destacando a expertise do hospital, o diretor-presidente destacou a possibilidade de expansão do hospital, que passa necessariamente pela parceria com o poder público. Ele também observou que outros hospitais da cidade não têm a mesma disposição para atender pacientes psiquiátricos.

"O que nós pensamos é ampliar o hospital. Podemos ampliar. A área nós temos para a construção. Se vier uma emenda mais vultuosa (dos vereadores), ela pode ser suficiente para a construção de uma nova área. Temos projeto arquitetônico pronto para a construção, que custaria algo em torno de uns dois milhões de reais. Mas não temos nada", observou.

Fundado em 1966, o hospital é o principal local de atendimento e tratamento de doentes mentais, dependentes químicos e pessoas carentes que necessitam de cuidados médico-hospitalares. A ampliação da capacidade do hospital não apenas beneficiaria os pacientes em busca de tratamento, mas também contribuiria para aliviar a pressão sobre outros serviços de saúde na região.

Além da parceria com o poder público para a ampliação de vagas, outra medida para aliviar os custos do hospital é rever a tabela SUS. “O desafio é muito grande e nunca pensei em desistir. Precisamos rever a tabela SUS, que, infelizmente, tem prejudicado a saúde no Brasil. Isso, claro, só virá através de uma lei para que consigamos ter um equilíbrio melhor para nossos pacientes. Os recursos do Município e do Estado conseguem minimizar essa diferença, ou o rombo seria muito maior”, finalizou.

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