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Capital

Com 60 mil pessoas, manifestação superou números do ano passado

Nyelder Rodrigues, Viviane Oliveira e Antonio Marques | 13/03/2016 19:35
Levantamento da PM aponta que 60 mil pessoas participaram da manifestação (Foto: Marcos Ermínio)
Levantamento da PM aponta que 60 mil pessoas participaram da manifestação (Foto: Marcos Ermínio)

A manifestação pedindo a saída de Dilma Rousseff (PT) da presidência da República e repudiando a corrupção no Brasil reuniu nesse domingo (13) cerca de 60 mil pessoas em Campo Grande, segundo o tenente-coronel da PM (Polícia Militar) Renato Tolentino, um dos comandantes da segurança do ato. O número supera o do protesto de março de 2015, quando menos de 40 mil pessoas participaram do ato.

O protesto de hoje foi pacífico e nenhum incidente violento foi registrado. Vestidos nas cores verde e amarelo, os manifestantes tomaram cerca de 14 quadras da avenidas Afonso Pena, que foi fechada durante à tarde para que o ato fosse realizado.

Quem organizou o evento foi o Movimento Reaja Brasil, que agrega vários outros grupos com atuação no mesmo sentido e que afirmam não ter ligação com partidos políticos.

A concentração dos manifestantes ocorreu na Praça do Rádio Clube, com direito a trio elétrico - que guiou os manifestantes pela Afonso Pena - e participação da bateria da escola de samba Igrejinha. Um grupo de motociclistas abriu o protesto.

Cerca de 300 motociclistas puxaram manifestação pela avenida Afonso Pena (Foto: Marcos Ermínio)
Cerca de 300 motociclistas puxaram manifestação pela avenida Afonso Pena (Foto: Marcos Ermínio)
Manifestante se vestiu de palhaço para protestar contra o governo Dilma (Foto: Alan Nantes)
Manifestante se vestiu de palhaço para protestar contra o governo Dilma (Foto: Alan Nantes)

"Foi uma coesão de forças que se ajudaram nessa campanha para chamar o povo às ruas. Fizemos anúncios da TV, outdoor, todos deram sua parcela", avalia a advogada Soraya Thronicke, uma das líderes do movimento.

"Esperamos que esse apelo popular pressione os parlamentares a se decidirem sobre os ritos do impeachment. O PMDB mesmo ia esperar até hoje para tomar a decisão se sairia ou não da base governista".

Soraya também avalia que, além do trabalho de divulgação, o trabalho dos parlamentares de oposição ao governo petista ajudou na mobilização de manifestantes em todo o país.

"O povo passou o recado. Somos independentes de partido e por isso dialogamos com todos parlamentares da oposição", explicou Soraya sobre o Reaja, que é mantido pelas entidades que a integram.

As duas vias da avenida Afonso Pena foram ocupadas até que os manifestantes chegassem em frente ao cruzamento com a rua Dr. Paulo Coelho Machado, onde o trio elétrico parou e vários discursos pedindo o impeachment da presidente Dilma e o fim da corrupção no país foram realizados para os presentes.

Fora Dilma - Uma das manifestantes que pedia a queda de Dilma do governo e acompanhou o protesto foi a instrumentadora cirúrgica Cristiane Braga, de 41 anos. "Acredito que o Lula vai ser preso e a Dilma vai cair, será retirada pelo povo que não vai arredar o pé e vai cobrar essa mudança", dispara Cristiane.

Ela também opina que "o Congresso é o câncer do Brasil" e que, caso Dilma saia do poder e dê lugar ao vice, Michel Temer (PMDB), apesar dele também estar implicado nas investigações de corrupção, "o povo vai cobrá-lo e fazer valer toda indignação do povo".

Já o comerciante Sérgio Pereira, de 53 anos, ressaltou que, a partir do momento que o ex-presidente Lula foi conduzido coercitivamente para depor à Polícia Federal, a situação econômica começou a melhorar. "Admito que o primeiro mandato dele foi bom, porém do segundo em diante ele bagunçou o país. Depois, ele colocou a Dilma lá e piorou mais ainda. Os dois são os cabeças".

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