Com arma e imagens, empresário se apresenta e reforça versão de tiro acidental
Funcionário foi ferido por tiro nas costas pelo patrão, que manuseava arma, no dia 28 de outubro
O empresário Edson Castilho, de 40 anos, acusado de atirar e matar o funcionário Marcos da Costa Pedroso, de 32 anos, na sexta-feira, 28 de outubro, se apresentou na manhã desta segunda-feira (7), na 5ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, acompanhado de dois advogados. Com a arma 9 milímetros e imagens de câmeras de segurança da mecânica, ele reafirmou a versão de tiro acidental.
Edson é dono da mecânica onde a vítima trabalhava, na BR-163. Ele manuseava a arma, que tinha para proteção do comércio, quando disparou e acabou acertando Marcos nas costas. Em seguida, a vítima foi deixada na unidade de saúde das Moreninhas por dois outros funcionários, onde não resistiu.
Segundo o advogado Willian Maksoud, Edson pretendia se apresentar desde o dia do fato, o que impediu foi a própria agenda da delegacia. Nesta segunda, levou a arma e imagens da câmera de segurança que mostram Marcos sendo socorrido. "A arma é regular, ele tem documento de porte e tinha para proteção da empresa, que já havia sido furtada", comenta.
Willian reafirmou que o tiro foi acidental. "Acabou acertando as costas do amigo dele que estava sentado. Eles não tinham problemas, eram amigos há mais de oito anos e se tratavam como pai e filho", afirma. "O Edson está muito abalado com a situação", completa.
Ainda, conforme o outro advogado, Cézar Maksoud, Edson não estava com o dedo no gatilho no momento, o que será provado pela perícia. "Acredito que será indiciado por homicídio culposo".
A própria família da vítima acredita na versão do empresário. “Ele era um amigo da família. Nós três trabalhamos juntos em uma concessionária, depois ele saiu e montou a oficina e levou o Marquinhos para trabalhar com ele. Os dois já trabalhavam juntos há 8 anos. Não conseguimos falar com ele, mas sei que está muito abalado”, disse o primo da vítima, Rodrigo Mariano, de 42 anos, durante o velório.
Caso - Conforme boletim de ocorrência, Marcos morreu com um tiro nas costas na oficina onde trabalhava. Ele chegou a ser levado para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Moreninha, onde o óbito foi constatado, na tarde de sexta-feira (28).
Integrantes do GOI (Grupo de Operações e Investigações) foram à oficina mecânica após a constatação da morte de Marcos e encontraram o local fechado. Testemunhas contaram que o responsável pelo local mexia com a arma quando houve o disparo.