ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
DEZEMBRO, SEGUNDA  23    CAMPO GRANDE 27º

Capital

Com caçambas lotadas de entulho, 100 motoristas protestam no aterro

Viviane Oliveira e Julia Kaifanny | 16/12/2016 10:27
Em forma de protesto, motoristas estacionaram os caminhões caçambas na  lateral  do aterro e aguardam resposta da Prefeitura (Foto: Fernando Antunes)
Em forma de protesto, motoristas estacionaram os caminhões caçambas na lateral do aterro e aguardam resposta da Prefeitura (Foto: Fernando Antunes)

Mais de 100 motoristas de caminhões caçamba protestam nesta sexta-feira (16), no aterro de entulhos no Jardim Noroeste, em Campo Grande. O local foi fechado ontem pela Guarda Municipal por determinação da Justiça. Os caminhões estão estacionados na lateral da Rua Bartolomeu Mitri e desde às 6h30 equipe da PRF (Polícia Rodoviária Federal) acompanha a manifestação.

Segundo José Arthur Almeida Fernandes, presidente da Associação Campo-Grandense de Locação de Bens Móveis, só hoje na parte da manhã são 120 caçambas carregadas, que estão paradas sem ter onde jogar os entulhos. “A gente não combinou nada. Não se trata de um protesto. Só queremos trabalhar. Eles fecharam o aterro e não deram uma solução, estamos aguardando para saber o que vamos fazer”, lamenta.

Há 25 anos no ramo, o motorista Aderaldo José da Silva, 59 anos, reclama da situação. “Estou aqui a mando da empresa. Como não foi passado nenhuma posição para a gente, viemos descarregar as caçambas no mesmo lugar de sempre”, reclama. Ainda segundo Aderaldo, a empresa pode ser multada se acumular mais de três caçambas carregadas no pátio.

Dono da empresa de entulho e vice presidente do sindicato, Carlos Yoshimitu Ujiie, afirma que ninguém quer fazer bagunça, mas que a categoria precisa de uma solução. “Nós só queremos uma opção para trabalhar”, diz.

Adequações - A área que pertence a Prefeitura funcionava sem licença e com várias irregularidades, mesmo depois de acordo assinado com o MPE (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) para resolver a situação, em 2012.

Segundo o juiz da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, David de Oliveira Gomes Filho, o aterro precisa passar por uma série de adequações, como fechamento do entorno, proibição da entrada de lixo hospitalar, dentre outros pontos. “O Ministério Público Estadual vem tentando fazer com que a prefeitura cumpra, mas não cumpre”.

Nos siga no Google Notícias