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Capital

Com cirurgia inédita, hospital da Cassems faz primeira captação de órgãos

Equipe médica do Distrito Federal participou dos procedimentos que coletou rins, fígado e córneas de enfermeira técnica

Liniker Ribeiro | 09/11/2017 09:41
Cirurgia durou cerca de quatro horas e foi realizada por médicos de Brasília (Divulgação)
Cirurgia durou cerca de quatro horas e foi realizada por médicos de Brasília (Divulgação)

O Hospital da Cassems da Capital fez, pela primeira vez, cirurgia de captação de órgãos, na manhã desta quinta-feira (9). Com duração média de quatro horas, o procedimento coletou rins, fígado e córneas, doados pela família da técnica de enfermagem, Marilene da Silva, que perdeu a vida aos 39 anos.

Uma equipe médica do Distrito Federal, especializada no procedimento, chegou em Campo Grande na madrugada, para ajudar nos procedimentos. Os órgãos coletados serão encaminhados para transplante.

Todo o processo de doação foi viabilizado com ajuda da Organização de Procura de Órgãos de Mato Grosso do Sul (OPO), que agilizou os procedimentos com a Central de Transplante Estadual.

Para a diretora técnica do hospital, Priscilla Alexandrino, o sucesso da cirurgia deve ser comemorado, principalmente, pela certeza de que o método ajudará a salvar vidas. Apesar disso, a profissional acredita faltar engajamento de outros hospitais para que procedimentos como esse sejam realizados cada vez mais. “Precisamos nos organizar para termos mais capilaridade e alcançar o maior número de hospitais possível que tenham condições de realizar a captação de órgãos para transplante”, afirma.

Doadora - A decisão em doar os órgãos da técnica de enfermagem foi teve o apoio da família, em respeito a decisão da doadora ainda em vida. “Minha mãe sempre ajudou muita gente. Era ela quem cuidava de todo mundo da família. Nós sempre conversávamos sobre doação de órgãos e ela queria ser doadora", relata Carolina da Silva Arce, 17, filha de Marilene. "Essa é uma forma de mantê-la viva e de ajudar quem precisa", conclui.

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