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Capital

Com direito a explosivo, fuzil e reféns, PM simula invasão na Capital

Treinamento mobilizou mais de 2 mil pessoas na madrugada deste sábado (24)

Gustavo Bonotto, Bruna Marques e Juliano Almeida | 24/06/2023 01:15
Policiais vestidos como criminosos durante simulação de invasão. (Foto: Juliano Almeida)
Policiais vestidos como criminosos durante simulação de invasão. (Foto: Juliano Almeida)

Durante a madrugada deste sábado (24), a Polícia Militar de Mato Grosso do Sul realizou a 6ª edição do seu exercício simulado de invasão em uma empresa de segurança patrimonial na Rua Otávio Gonçalves Gomes, esquina com a Rua Hanna Abdulahad e a Avenida Tamandaré, no Bairro Jardim Paradiso, em Campo Grande. Todo o trecho foi fechado para que o ensaio de um domínio de cidade pudesse acontecer.

De acordo com o tenente coronel comandante do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), Vinicius de Souza Almeida, mais de 2 mil pessoas - entre policiais civis e militares, Corpo de Bombeiros, GCM (Guarda Civil Metropolitana), membros da Forças Armadas e também colaboradores civis - fizeram parte do treinamento especial, tanto na área urbana como na área rural.

A ação durou 23 minutos e começou com a chegada de 17 policiais, que se passaram por criminosos. Divididos em grupos, estavam em cinco carros. Eles abordaram os reféns portanto fuzis e invadiram a empresa responsável pelo transporte e segurança de malotes com explosivos.

Para simular uma tentativa de fuga, os criminosos colocaram as vítimas em cima do capô dos veículos,  para que em uma possível abordagem, os policiais não atirem contra os carros.

Almeida explicou que a simulação se baseou em dados de crimes que ocorreram em todo o País.

"Enquanto aqui, eles iniciam o crime, as forças estão se organizando e acionando o nosso plano de defesa, utilizando toda a nossa estrutura de segurança pública disponível. Por exemplo, entre Campo Grande e Sidrolândia, temos cinco pontos de bloqueio. Alguns feitos por policiais militares, do serviço ordinário, e outros por colaboradores civis, como um dono de uma chácara que tem um trator, ou maquinário. Eles nos ajudam a fazer o cerco".

Como nos anos anteriores, outros policiais acompanham tudo no gabinete de crise, instalado no Comando Geral da PM, cronometrando e analisando cada passo.

Simultaneamente ao assalto, houve tentativa de resgate aos presos na Penitenciária Federal de Campo Grande, localizada no Bairro Los Angeles. O tenente pontuou que se trata da modalidade criminosa utilizada no Jardim Paradiso, mas "[...] ao invés de retirar o dinheiro, os criminosos retiram um comparsa que estava preso, por exemplo".

Curiosos prestigiaram a simulação atrás da fita zebrada. (Foto: Juliano Almeida)
Curiosos prestigiaram a simulação atrás da fita zebrada. (Foto: Juliano Almeida)

"Espetáculo" - Valmir da Silva Rezende, de 23 anos, trabalha como motoboy e pilotou por 12 quilômetros até chegar ao treinamento, às 22h. "Fiquei sabendo pelo Instagram e trouxe minha esposa. Meus amigos são policiais, meu primo também é e eu vou prestar concurso para me tornar um. Estou aqui para ter noção de como vai ser quando passar”, disse a reportagem.

Já a companheira Emilly Gabrielly, de 21 anos, descreveu que só viu cenas parecidas em filmes. "Vim acompanhar ele, que já estava me mandando mensagem sobre a adrenalina de estar aqui desde o meio-dia.

A auxiliar administrativo Maria Eduarda Lopes da Silva, 21, veio de Nova Andradina para visitar familiares do marido, o PM Felipe Goto, na Capital. Por curiosidade, viu o anúncio no Instagram e decidiu assistir à ação policial. “Só ouço ele falando quando chega em casa. Parece uma coisa diferente, um sentimento de surpresa e um pouco de medo pois não sei o que vai acontecer”.

"Ficamos sabendo através de um grupo do quartel, que mandaram o vídeo do comandante do Bope. Me interessei e convidei ela para vir ver", disse o militar do Exército Douglas Pereira, 23, junto a sua esposa Francielen Macedo Popovits, 24.

Interpretando um criminoso, policial utiliza balaclava enquanto empunha um fuzil. (Foto: Juliano Almeida)
Interpretando um criminoso, policial utiliza balaclava enquanto empunha um fuzil. (Foto: Juliano Almeida)

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