Com divida de R$ 2 milhoes, leilão da Seleta rende só R$ 270 mil
De seis imóveis leiloados, apenas um foi arrematado
Apenas um dos seis imóveis da SSCH (Seleta Sociedade Caritativa e Humanitária) colocados à leilão foram arrematados na última quinta-feira. Avaliados em R$ 2,7 milhões, os bens foram bloqueados pela Justiça para pagamento de dívidas trabalhistas da entidade, que chegam a R$ 2 milhões.
O imóvel leiloado foi uma chácara avaliada em R$ 450 mil, mas arrematada por R$ 270 mil, que era o lance mínimo para participar do pregão. O local, de quatro hectares de área é localizado na Fazenda Santa Luzia, em Campo Grande.
Os demais bens são da sede da entidade, localizada na Vila Explanada, sendo todos terrenos entre 600 metros quadrados e 800 metros quadrados. Quatro deles avaliados em R$ 435.240,00 e outro, mais caro, de R$ 580.320,00.
A Seleta é alvo de escândalos por manter contratos com o Poder Público que eram anualmente renovados e por manter funcionários atuando em atividades fins da Prefeitura de Campo Grande e também no governo do Estado. Com o fim desses convênios, em 2016, por decisão judicial, a instituição “quebrou”.
De lá para cá, inúmeros processos contra a Seleta minaram a capacidade de atuação da entidade, que se viu obrigada a pagar dívidas trabalhistas através da venda de imóveis em leilão judicial.
Na esfera cível estadual, em 2018, o juiz David de Oliveira Gomes Filho, da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande, condenou a entidade e seu ex-presidente, Gilbraz Marques a Silva, a penas que superam os R$ 40 milhões, entre multas e recursos a serem devolvidos ao município devido a irregularidades em convênio da instituição com a Prefeitura da Capital entre maio de 2014 a abril de 2016. Cabe recurso.