Com fim de 'postão', atendimento cai 20% no Pronto Socorro da Santa Casa
Nos primeiros cinco dias foram 89 pacientes triados pela unidade da Sesau
O número de atendimentos caiu 20% no PS (Pronto Socorro) da Santa Casa, nos primeiros cinco dias após o fim do 'postão' e a implementação da Unidade de Acolhimento da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública). De segunda-feira (29) até sexta-feira (2), 933 pessoas buscaram atendimento, contra 1.165 do mesmo período da semana anterior.
Para o novo modelo de atendimento da Santa Casa, um portão de elevação foi colocado na frente do local e uma sala de regulação da Prefeitura de Campo Grande instalada em uma sala anexa. Na fachada, ao invés de pronto socorro, "Urgência e Emergência".
Desde o dia 29 apenas casos considerados graves estão sendo atendidos no Pronto Socorro da Santa Casa. Pacientes classificados como azul - casos para postos de saúde básicos ou UPA (Unidade de Pronto Atendimento) - ou verde - preferencial na UPA - são encaminhados para a equipe da Sesau.
A secretaria é responsável por indicar um posto de saúde ao paciente que seja perto de sua casa. De acordo com a secretaria, nos primeiros cinco dias foram 89 pacientes triados pela unidade que tem equipe de plantão 24h por dia. Apenas no dia 29 os atendimentos foram feitos até às 22h.
Segundo com a assessoria da secretaria, a equipe encerrou o atendimento às 22h e a mudança foi prevista durante a tarde por conta da escala de pessoal. "Fecharam três escalas", disse a Sesau. A assessoria não informou que horas o atendimento foi retomado na terça-feira (30) e nem quantas equipes são necessárias para o atendimento 24h.
Um carro da secretaria também está disponível para pacientes que tem dificuldades motoras de locomoção, mas a Sesau não informou se o veículo chegou a ser usado.
Economia - O fim do 'postão' no Pronto Socorro da Santa Casa é uma medida de economia por parta da unidade e da Sesau. A medida foi tomada após um acordo, uma vez que a administração municipal não tem condições de aumentar o repasse para o hospital. Atualmente, cerca de R$ 20 milhões são encaminhados unidade por mês.
Em entrevista ao Campo Grande News, o presidente da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), Esacheu Nascimento, declarou que o PS sendo 'porta aberta' estava endividando mais a unidade.
"O Pronto-Socorro sempre foi porta aberta e tem sido um drama ao longo do tempo. Ninguém quis tomar providências para não ser antipático, mas o município não pode pagar e a Santa Casa não pode se endividar mais”, disse Esacheu.