Com medo de gripe, mãe tira filha da escola até que casos diminuam
“Quando vi a reportagem sobre o caso do professor que veio a falecer já fiquei meio assim, quando vi a menina de oito anos que estava com gripe, então, foi que ela não foi mais para a escola”, relata a dona de casa Jaqueline Santana, de 21 anos, mãe da Suely, de 05 anos. “Não estou deixando sair para lugar nenhum, só dentro de casa e sempre lavando as mãos”.
Desde que os casos de gripe aumentaram no Estado e várias mortes foram confirmadas, muitas mães manifestaram a mesma atitude de Jaqueline, em comentários nas mídias sociais. Evitar aglomerações é uma das recomendações principais para se proteger do vírus H1N1, além de manter as mãos higienizadas.
“Saí correndo ligando para todos os locais para imunizar minha filha, mas só tem vacina para criança menor de três anos. Estou bem assustada e de repente vemos notícias de que os presidiários estão tomando vacinas quando nossas crianças e professores estão à própria sorte”.
Nesta segunda-feira, 30, houve manifestação em frente ao Paço Municipal por vacina para todos. Os lotes são enviados pelo Ministério da Saúde que definiu um grupo prioritário, composto por crianças de até dois anos, idosos, alguns doentes crônicos e gestantes, para ser imunizado.
O grupo corresponde a somente um quarto da população do Estado. Além disso, a destinação de parte das doses recebidas não foi explicada pela Prefeitura, uma vez que a cobertura vacinal corresponde a um número menor de pessoas que o de vacinas recebidas.
Também ontem a Prefeitura da Capital divulgou um manual de condutas para prevenção nas escolas, elaborado pela Coordenadoria de Vigilância Sanitária e Ambiental, da Diretoria de Vigilância em Saúde, mas enfatiza que a suspensão das aulas não é medida recomendável, por causar comoção e também porque os alunos e funcionários continuarão frequentando outros ambientes com grande concentração de pessoas, sejam cinemas ou shoppings.