Com refém e bomba, shopping é evacuado após falsa explosão

Correria e confusão nos corredores do Shopping Campo Grande, na manhã desta quarta-feira (20). Apesar da proximidade com as festas de fim de ano, não era uma promoção relâmpago, mas sim, um treinamento de evacuação para situações de emergência.

Voltada para mostrar como funcionários devem proceder em casos extremos, a ação emulou vazamento de gás na praça de alimentação, seguido por uma explosão. Depois, forças de segurança entraram em operação para desativar uma falsa bomba. Em uma terceira etapa, policiais neutralizaram suposto sequestro com refém.

A simulação começou às 8h15min, na praça de alimentação, e contou com participação de 150 pessoas, entre atores, colaboradores e estudantes. As “vítimas graves” foram resgatadas pela saída de emergência do Cinemark, no lado oposto ao setor gastronômico. A saída do restaurante Outback foi utilizada para evacuar quem não se feriu.

Maquiada para aparentar ferimentos e enfaixada, a vítima mais grave foi resgatada de helicóptero do Grupamento Aéreo da Polícia Militar, que desceu no estacionamento do shopping às 8h35min.

Outros dois falsos feridos foram atendidos pelo Corpo de Bombeiros sob o ponto de táxi próximo à saída do Banco Bradesco. Três viaturas dos militares foram mobilizadas, além de unidades do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

Durante o resgate, os Bombeiros receberam a informação de que um “corpo estranho”, provavelmente uma bomba, teria sido deixado na praça de alimentação. O Batalhão de Choque da Polícia Militar foi acionado e chegou às 8h45min, seguidos pelo Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), que entraram no shopping às 8h55min para desarmar o artefato.

Na parte externa, policiais militares trabalhavam para liberar homem feito refém por um sequestrador armado. A vítima foi liberada e o falso criminoso acabou imobilizado e levado de camburão.

Às 9h05min, seguranças do shopping deram por encerrado o treinamento.

Envolvidos - Estudantes de cursos da área da Saúde de UCDB, Unigran, Senai, Senac e Paulo Freire foram envolvidos na simulação.

As acadêmicas de Enfermagem, Débora Fernandes, 20 anos, e Ingrid Dorneles, 21, foram convidadas pela professora para participar da ação. A primeira sonha em trabalhar no Samu.

Próxima de se formar como bombeira civil, Isadora Araújo, 22, foi uma das falsas vítimas da explosão. “Realmente acabou comigo”, brincou, ao comentar sobre a maquiagem, que simulou queimaduras.

Durante a ação, praça de alimentação, saídas utilizadas e parte dos corredores do shopping foram interditados. Toda a operação foi realizada antes do horário de funcionamento do local, a fim de preservar os clientes reais.