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Capital

Comerciante abre nova loja para fugir de roubos e é 2º baleado em bairro

Aliny Mary Dias | 26/07/2014 11:16
Morador viu assalto e há 30 anos vive no bairro que agora tem sequência de crimes (Foto: Marcelo Victor)
Morador viu assalto e há 30 anos vive no bairro que agora tem sequência de crimes (Foto: Marcelo Victor)

O dono de um mercado, baleado na noite de ontem (25) durante um assalto no bairro Maria Aparecida Pedrossian, abriu o estabelecimento há um mês porque havia sido vítima da ação de assaltantes no antigo ponto. O crime revela ainda a violência no bairro, este é o segundo assalto com vítima ferida a tiros em uma semana.

Vizinho do mercado e testemunha de todo o crime, Marcio Marcos, 34 anos, conta que a dupla em uma moto seguiu na Rua Orlando Daros e primeiro abordou o dono de uma conveniência situada perto do mercado. Armado, o garupa desceu e anunciou o assalto e levou R$ 15 do dono do bar, por volta das 19 horas.

Depois de dar a volta na quadra, a dupla parou em frente ao Mercado Júnior. O proprietário Agnaldo Júnior, de 50 anos, e toda a família estava no estabelecimento e todos foram obrigados a deitar no chão. Agnaldo, que estava no caixa do mercado, recebeu a ordem de entregar todo o dinheiro.

Segundo Marcio, quando o comerciante posicionou as mãos para abrir o caixa, o assaltante se assustou e atirou três vezes. Os tiros atingiram o abdômen de Agnaldo e ele foi socorrido pelos filhos até a Santa Casa da Capital.

Equipes do Batalhão de Choque da Polícia Militar foram ao local, mas até agora ninguém foi preso pelo assalto. Os jovens, inclusive, saíram do local sem levar nada.

O que mais revolta a vizinhança é que Agnaldo abriu o comércio há um mês em um novo ponto porque foi vítima de um roubo no antigo local onde também comandava um mercado. O estabelecimento ficava há uma quadra da Rua Orlando Daros.

Há uma semana, outro crime ocorreu no bairro (Foto: Marcelo Calazans)
Há uma semana, outro crime ocorreu no bairro (Foto: Marcelo Calazans)

Insegurança – Morador há 30 anos no bairro, Marcio conta que a falta de policiamento e o aumento dos roubos assustam. “Está muito perigoso, nós não vemos polícia passando e os assaltos só aumentam. Todo comerciante já foi assaltado por aqui e precisamos de que alguém faça alguma coisa”, conta.

E o relato do morador é comprovado com outro assalto que terminou com a vítima baleada. Na madrugada do último sábado (19), o comerciante Luiz Bezerra da Silva, 74 anos, foi atingindo por tiros disparados por dois homens.

Segundo o filho da vítima, André Luiz da Mata, 27 anos, militar reformado, dois bandidos encapuzados chegaram a pé e invadiram a lanchonete do pai, que fica em um trailer na Rua Marina do Couto Fortes. Armados, eles anunciaram o assalto e obrigaram Bezerra a se deitar e a entregar a carteira com documentos e dinheiro.

Com um revólver apontado para a cabeça, o comerciante não resistiu e atendeu às ordens, porém, mesmo assim foi baleado na perna direita. O funcionário que o ajudava foi agredido com socos. Os dois fugiram e ninguém foi preso.

“Meu pai estava fechando a lanchonete quando essas pessoas apareceram. Um funcionário que estava por lá presenciou tudo, acionou a polícia e me chamou. Eu mesmo coloquei meu pai no carro e o levei para o hospital”, disse o filho.

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