Comerciantes acumulam prejuízos de depredações e pichações na Rua 14 de Julho
"Não sabemos o que fazer", disseram empresários preocupados com insegurança no Centro
"Pedimos as pastilhas no interior de São Paulo, gastamos cerca de R$ 10 a 15 mil e só para autorizar a reforma foram dois anos para conseguir a autorização", relatou o empresário Emerson Sobreira, de 42 anos, ao ter a fachada de seu comércio, situado na Rua 14 de Julho, vandalizada na madrugada desta terça-feira (3).
O Campo Grande News foi até o local após receber imagens do sistema interno de segurança que mostram a ação dos infratores. Além da "arte", a equipe se deparou com a falta de policiamento na região.
"O problema maior é falta de segurança, noturno é pior ainda. O pessoal está depredando, pichando. Agora estão puxando com carro, chegam com farol alto, fazem pichação e vão embora. Não sabemos o que fazer, se contratarmos uma empresa de segurança não sabemos se darão segurança para nós", disse Emerson.
Para a reportagem, o empresário estimou que terá prejuízo para restaurar a fachada. "Se for trocar agora, teria que trocar as pastilhas e precisaríamos falar com a Planurb (Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano), para aprovarem a cor, já que o prédio é passível de tombamento. A pastilha chega sob encomenda, chegam em bloco, a gente desmonta os blocos e faz o reposicionamento".
O prejuízo também atingiu Nilson Pereira, 55, comerciante da 14 de Julho há cinco anos. Ele já teve até o material de monitoramento danificado durante uma das ações. "Tamparam e jogaram tinta spray em uma das câmeras. E se eu gastar, aproximadamente R$ 1,5 mil com o equipamento, vão pichar novamente. Dá dó de ver as paredes ao redor".
Questionado sobre a fiscalização, Nilson afirma que não vê ações efetivas por parte do poder público. "Se ligar para a polícia, eles não vêm. A GCM (Guarda Civil Metropolitana) aparece uma vez ou outra, mas é muito difícil".
A reportagem solicitou retorno da administração pública diante os problemas citados, no entanto, não recebeu retorno até o fechamento desta matéria. O espaço continuará aberto para declarações futuras.
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