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Capital

Contra CPI, secretário entrega documentos sobre tapa-buracos

Flávia Lima e Kleber Clajus | 26/02/2015 12:20
Secretário Valtemir Brito entregou documentos ao presidente da Câmara, Mario Cesar (Foto: Marcelo Calazans)
Secretário Valtemir Brito entregou documentos ao presidente da Câmara, Mario Cesar (Foto: Marcelo Calazans)

Contratos e comprovantes de pagamento das operações tapa-buraco foram entregues aos vereadores, nesta quinta-feira (26), pelo secretário de Infraestrutura, Transporte e Habitação de Campo Grande, Valtemir Alves de Brito. A medida busca evitar criação de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) e faz referência ao período de 2010 a janeiro de 2015.

As informações foram entregues digitalizadas e totalizam cerca de 20 mil páginas, cabendo à Câmara Municipal imprimir a documentação para análise.

Com os dados, a administração municipal tenta reverter possibilidade de CPI que reuniu oito das dez assinaturas necessárias para abrir procedimento de investigação no Legislativo. O processo teria surgido após divulgação de vídeos em que operários realizam operação para tapar buracos inexistentes na Capital.

Em mensagem no dia 13 de janeiro, Valtemir já havia listado a existência de 34 contratos com 12 empresas. O valor gasto com o serviço de tapa-buraco somaria R$ 91.426.124,21, dividido entre as empresas Wala, Eneparv, Pavitec, Diferencial, Asfaltec, Anfer, Usimix, Selco, Gradual, Santa Cruz, LD, Proteco, Bodoquena e M.Arnaldo.

O presidente da Câmara, Mario Cesar (PMDB), acredita que a documentação será suficiente para responder os questionamentos dos vereadores.

João Rocha (PSDB) considerou o momento “histórico que é  caminho para a administração de Gilmar Olarte ganhar musculatura”.

Por outro lado, Luíza Ribeiro (PPS) pontuou que tapa-buraco sempre será um problema a ser enfrentado e que com ou sem CPI os questionamentos serão realizados. “Precisamos enfrentar essa questão em que há aplicação de muito dinheiro e baixo resultado”.

Sobre a abertura de uma CPI, o secretário desconversou ao dizer que “buraco que não existe temos que encerrar e ter mais responsabilidade ao divulgar”. Ele ainda explicou que o cancelamento dos contratos vigentes estará condicionado ao término de novas licitações a serem iniciadas em março.

Para este ano o orçamento previsto para recuperação de pavimento deve somar R$ 137 milhões. No entanto, o secretário prevê um gasto 9,4% maior, de R$ 150 milhões.

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