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Capital

"Convivo com a insegurança", diz moradora vítima de assalto na Vila Sobrinho

Moradores pedem por mais policiamento após constantes roubos e furtos na região

Dayene Paz e Ana Beatriz Rodrigues | 25/06/2023 12:17


Moradores da Vila Sobrinho, em Campo Grande, sofrem nos últimos dias com constantes roubos e furtos. O pedido é um só: mais policiamento no bairro. "Convivo com a insegurança", afirma uma mulher, de 27 anos, que mora na Rua Araguaiana e foi vítima há seis dias. Ela acredita que a região é alvo "fácil" dos criminosos por ficar próxima da Casa do Albergado.

A moradora conta que ainda está assustada após ter a casa invadida por assaltante, no dia 19 de junho. Na ocasião, estava deitada com a filha, de apenas 1 ano de idade. "Meu marido saiu para trabalhar por volta de 6h30. Depois de uns cinco minutos, olhei para a sala e vi um homem mexendo na televisão", lembra.

Quando percebeu que não era o marido, a vítima se tampou com a coberta, momento em que o criminoso subiu em cima dela, perguntando onde estava o dinheiro. Ao responder que não tinha qualquer quantia, ele disse: "eu sei que você tem porque já me passaram a fita (sic)".

"Convivo com a insegurança", diz moradora vítima de assalto na Vila Sobrinho
Moradora, de 27 anos, enquanto conversava com o Campo Grande News. (Foto: Paulo Francis)

À reportagem do Campo Grande News, a moradora conta que continuou dizendo que não tinha dinheiro, momento em que o assaltante fez ameaças: "então me dá o celular, se tiver alguma coisa eu vou atirar em você (sic)". Na sequência, ele foi até a sala, ordenando que a vítima ficasse quieta e não reagisse, porque não estava sozinho.

O criminoso então pulou o portão e saiu tranquilamente pela rua. "Ele levou notebook, dois celulares, pingente, corrente de prata e relógios do meu marido", lamenta a mulher. "Agradeci muito por ele não ter feito nada, mas eu não consigo mais dormir, qualquer barulho acho que tem alguém dentro de casa".

Outra moradora que tem câmeras de segurança acessou o sistema e flagrou o mesmo suspeito rondando a região por diversas vezes.

"Convivo com a insegurança", diz moradora vítima de assalto na Vila Sobrinho
Trecho da Rua Araguaiana, na Vila Sobrinho. (Foto: Paulo Francis)

Segundo um administrador, de 29 anos, ele é criterioso. "Aperta a campainha, fica cuidando as casas que não tem movimento. Ele sempre está calmo, chama, cuida a casa que a pessoa saiu", diz o administrador, que também foi alvo.

No dia 12 de junho, conta que precisou ir no horário do almoço para o imóvel, o que não faz parte de sua rotina. "Quando estava chegando na rua que faz esquina com a minha casa, vi um Gol branco parado com dois homens. Dei seta e virei, momento em que escutei o carro buzinando um monte", lembra.

"Convivo com a insegurança", diz moradora vítima de assalto na Vila Sobrinho
Administrador em entrevista ao Campo Grande News na manhã deste domingo. (Foto: Paulo Francis)

A buzina servia de alerta para o comparsa, que estava dentro do imóvel da vítima. "Vi o cara saindo com minha televisão debaixo do braço. Como achei que o Batalhão da Polícia Militar estava ativo, preferi seguir até lá, porque era mais rápido, mas estava fechado. Então eu liguei para a polícia, mas quando retornei o cara já tinha fugido", lamenta.

O administrador afirma que mora desde criança no bairro. "Me criei aqui e nunca tive esse problema, agora está sendo insuportável viver com esse medo".

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