Crise derruba doações e ameaça continuidade do Instituto Luther King
A retração da economia afeta um dos projetos de política afirmativa mais conhecidos de Campo Grande, o ILK (Instituto Luther King). Professores e funcionários administrativos estão com salários atrasados e a entidade não consegue pagar contas fixas, como água, luz e telefone.
Fundado em 2003, o ILK beneficia, anualmente, cerca de 150 estudantes, de famílias de baixa renda, negros e indígenas, que buscam ingressar no Ensino Superior. O projeto prepara essas pessoas para realização de provas de vestibular e Enem (Exame de Ensino Médio).
Neste ano, o Governo do Estado ainda não renovou a parceria, relativa aos professores, de acordo com o presidente do Instituto, Jairo Garay Ribeiro de Oliveira. Além disso, outras doações também foram reduzidas.
Com o orçamento no vermelho, o ILK está com contas em atraso e têm dificuldade para custeios diversos. Os professores e demais funcionários estão sem receber, mas seguem trabalhando normalmente.
Em três anos, de 2014 a 2016, o ILK preparou 420 estudantes para o Enem. Dos 370 que prestaram as provas, 308 foram aprovados com excelentes notas, muitos deles inclusive, para os cursos mais difíceis e concorridos, como medicina e engenharia.
Além desses jovens em preparação para uma faculdade, outra importante ação do ILK é a Estação Digital, que oferece curso de capacitação de informática para crianças, adolescentes e adultos, também oriundos de famílias carentes, que têm a oportunidade de estudar em qualquer dos três períodos do dia. O curso tem a duração de dois meses e beneficia mais de 120 alunos/ano.
Como ajudar – Pessoas físicas e jurídicas, interessadas em ajudar o ILK podem fazer doações via depósitos nas seguintes contas: Bradesco (conta corrente 13.8100-8, agência 73-6) e Banco do Brasil (conta corrente 216604-6, agência 2916-5).
Os telefones do instituto são (67) 3384-8919 e (67) 99175-1110.