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Capital

De 2,2 mil presos, 350 tiveram DNA coletado que será usado em investigações

Apenas presos condenados tiveram perfil genético coletado

Dayene Paz | 16/09/2021 16:24
350 presos tiveram material genético coletado. (Foto: Divulgação / Campo Grande News)
350 presos tiveram material genético coletado. (Foto: Divulgação / Campo Grande News)

Trezentos e cinquenta presos condenados pela Justiça e que cumprem pena no Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, o Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande, tiveram amostras de DNA e impressões digitais coletadas nesta quinta-feira (16), durante mutirão do Ialf (Instituto de Análises Laboratoriais Forenses).

As amostras ficarão no Banco Nacional de Perfis Genéticos, que já ultrapassou a marca de 100 mil perfis cadastrados. A maior parte é ligada a pessoas envolvidas em casos violentos e de abuso sexual.

A população total de presos na Máxima é de 2,2 mil. No entanto, nem todos terão o perfil genético coletado, já que a população carcerária não é só de presos condenados. Alguns estão em fase de processo, por isso, por enquanto, não farão parte do banco de dados. Não há data divulgada para o próximo mutirão.

Coleta - A coleta começou às 8 horas, por uma equipe composta por 10 peritos criminais e 2 peritos papiloscopitas. Além de amostras de DNA, foram coletadas impressões digitais. "Esse material será incluído nos Bancos Estadual e Nacional de Perfis Genéticos e confrontados com os vestígios que colhemos em locais de crimes, com o objetivo de identificar os autores”, explica a diretora do Ialf, Josemirtes Fonseca Prado da Silva.

Os dados constantes dos bancos de dados de perfis genéticos são de caráter sigiloso. Com essas informações cadastradas no banco, é possível apontar a autoria de crimes sem solução, além de comprovar a inocência de suspeitos e interligar um caso com outras investigações das demais esferas policiais, funcionando assim como uma ferramenta eficiente para resolver crimes.

Banco Nacional de Perfis Genéticos - Mato Grosso do Sul integra a Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), que é coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. A RIBPG é formada, atualmente, por 22 laboratórios de genética forense vinculados a unidades de perícia estaduais, distrital e federal.

Ferramenta importante para auxiliar em investigações criminais, o Banco Nacional de Perfis Genéticos ultrapassou a marca de 100 mil perfis cadastrados. A maior parte é ligada a pessoas envolvidas em casos violentos e de abuso sexual. O banco foi criado em 2013 e é coordenado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

O Banco Nacional de Perfis Genéticos é usado em investigações criminais de todo o Brasil por meio da prova pericial do DNA. O material genético é coletado pela perícia no local do crime ou no corpo da vítima. São, por exemplo, vestígios como fios de cabelo, sangue e outros materiais biológicos. Além de exames feitos pelas vítimas de violência no Instituto Médico Legal (IML).

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