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Capital

Defesa aponta que ex-primeira-dama está abalada e abatida com prisão

Aline dos Santos e Christiane Reis | 20/08/2016 16:09
Andréia Olarte (de camiseta branca) prestou depoimento ontem ao Gaeco. (Foto: Fernando Antunes)
Andréia Olarte (de camiseta branca) prestou depoimento ontem ao Gaeco. (Foto: Fernando Antunes)

A defesa da ex-primeira-dama Andréia Olarte aponta que ela está abalada, abatida, com hipertensão e úlcera. O advogado João Carlos Veiga Júnior foi ao Garras (Grupo Armado de Resgate e Repressão a Assaltos e Sequestros) na tarde deste sábado para que ela seja levada ao hospital.

A autorização judicial é para que Andréia fique no máximo 24 horas fora da delegacia. “Acredito que ela precise de exames e fique mais de 24 horas. Está com o psicológico bem abalado por conta da situação”, afirma o advogado. A defesa deve fazer novo pedido de liberdade ao STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Ela foi presa na última segunda-feira (dia 15) e é a segunda vez que precisa de atendimento médico. A prisão era válida por cinco dias, mas ontem foi prorrogada por tempo indeterminado. Realizada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), a operação Pecúnia também prendeu o prefeito afastado de Campo Grande, Gilmar Olarte (Pros). As investigações começaram a partir dos dados obtidos com a quebra do sigilo bancário de Andréia Olarte e de sua empresa, denominada Casa da Esteticista.

Ainda segundo a operação, entre 2014 e 2015, enquanto Olarte ocupava o cargo de prefeito, Andréia adquiriu vários imóveis na Capital. Os bens totalizaram R$ 3,6 milhões, com preferência por imóveis em condomínios de luxo.

Alguns bens ficaram em em nome de terceiros, com pagamentos iniciais em elevadas quantias (dinheiro, transferências bancárias e depósitos). Conforme a investigação, a princípio, os bens são incompatíveis com a renda do casal.

Também foram presos o empresário Evandro Simões Farinell e o corretor Ivamil Rodrigues de Almeida. Ivamil é apontado como braço direito do casal nas aquisições imobiliárias fraudulentas e Evandro Farinelli é suspeito de ceder o nome para que as aquisições fossem feitas. Pecúnia é uma palavra feminina que significa dinheiro.

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