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Capital

Defesa de acusado de matar garota de programa alega insanidade mental

Aline dos Santos e Francisco Júnior | 06/05/2011 12:40
Leonardo está no banco dos réus por morte de garota de programa. (Foto: Simão Nogueira)
Leonardo está no banco dos réus por morte de garota de programa. (Foto: Simão Nogueira)

A defesa de Leonardo Leite Cardoso, que está no banco dos réus pela morte da garota de programa Claudinéia Rodrigues, alega insanidade mental do acusado. Ou seja, que ele não teria discernimento sobre o que estava fazendo na hora do crime.

Durante o julgamento, que acontece nesta sexta-feira em Campo Grande, o defensor público Paulo Henrique Paixão apresentou aos jurados três laudos médicos.

O primeiro data de 2007 e foi feito no Rio de Janeiro pelo neurologista Moacir Soares Filho. Segundo a defesa, o laudo aponta que Leonardo tinha distúrbios, tanto depressivo quanto agressivo.

No segundo exame, realizado em junho de 2009, a psiquiatra Juciléia Tezarolo Miranda aponta comportamento psicótico. Na ocasião, o acusado se disse paranóico. Por fim, laudo da psicóloga Sara Suzane Silva Costa aponta que o acusado é inimputável.

Em nenhum momento o defensor alegou que o réu é inocente. Caso os jurados acatem a tese da defesa, Leonardo, se condenado, não ficaria em uma cela de presídio, mas em espaço dentro da prisão para internos com problemas mentais.

Segundo Paulo Paixão, é melhor que ele seja cuidado por médicos do que cumpra pena em regime comum e saia da cadeia daqui a cinco anos. “Eu falei que ia fazer uma defesa técnica, com base nas provas do processo e perícia”, afirmou.

A acusação descarta a tese de insanidade mental e pede pena de 18 anos para Leonardo. O crime foi em maio de 2009. A garota de programa foi morta a chutes e pedradas.

Também foram acusados Fernando Pereira Verone e Hugo Pereira da Silva. O primeiro foi condenado a 13 anos e seis meses de prisão, mas está em liberdade devido a um habeas corpus. Hugo foi inocentado pelos jurados.

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