Deixando BR-262 e rotatória como “orgulhos”, engenheiro é vítima da covid
Paulo Roberto Teixeira trabalhou em grandes obras pelo Estado desde 1975
O engenheiro Paulo Roberto Martins Teixeira, 69 anos, morreu na madrugada deste domingo (dia 20) em Campo Grande por complicações da covid-19.
Nascido na Capital, ele cursou engenharia em Juiz de Fora (Minas Gerais) e voltou para Mato Grosso do Sul em 1975. Desde então, participou de obras como a rodovia 262, entre Miranda e Corumbá, e o reordenamento viário na rotatória das avenidas Mato Grosso e Via Parque, até então ponto de estrangulamento do trânsito.
Também engenheira, Fabíola Santos Teixeira, 35 anos, conta que o pai tinha muito orgulho das obras. Ele trabalhou no Dermat (Departamento de Estradas de Rodagem de Mato Grosso), que passou a se chamar Dersul com a criação de MS, e no fim da década de 80 se transferiu para a iniciativa privada.
“Ele tinha muito orgulho de ter participado do projeto da BR-262, entre Miranda e Corumbá, era preciso achar os pontos mais altos. Meu pai fez muitas obras e, mais recentemente, participou da execução do projeto da rotatória da Mato Grosso com a Via Parque”, afirma Fabíola.
A rodovia, que leva ao Pantanal, é um aterro erguido sobre o terreno alagadiço, enquanto a rotatória foi semaforizada para pôr fim a engarrafamento.
Após ser infectado pelo novo coronavírus, Paulo Roberto chegou a ter alta em 29 de novembro, mas depois de um dia em casa teve que voltar ao hospital com quadro de pneumonia. “Ele foi internado e ficou lutando”, conta a filha. Paulo deixa esposa e três filhos. A família é proprietária da Via MS Engenharia.
Ele morreu no Hospital do Coração. O velório será realizado, das 14h30 ás 16h30, no Memorial Park. O cemitério fica localizado na Rua Francisco dos Anjos, 442, Universitário. O velório foi liberado porque o paciente estava há 20 dias com resultado negativo para a covid. Conforme os médicos, a doença fragilizou o organismo, abrindo caminho para as chamadas bactérias oportunistas.