Peritos encontram digitais e previsão é que corpo seja identificado até amanhã
A família da estudante foi ao IML, mas não reconheceu o corpo
A previsão do IML (Instituto Médico Legal) é que seja identificado até amanhã o corpo encontrado em um canavial de Sidrolândia. A suspeita é que a mulher morta seja a estudante Marielly Barbosa Rodrigues, 19 anos. Ela mora em Campo Grande e está desaparecida desde 21 de maio.
Os peritos já verificaram que o corpo, mesmo em avançado estado de putrefação, ainda guarda impressão digital, o que deve acelerar o trabalho de identificação.
A família da estudante foi ao IML, mas preferiu não atestar que o corpo é da garota e espera os laudos. Já o delegado Fabiano Nagata, da DEH (Delegacia Especializada de Crimes de Homicídios), reforça que "tudo indica" que se trata mesmo da jovem desaparecida.
Segundo ele, há fortes indícios, como semelhança física e o fato de o cadáver e a jovem usarem aparelho nos dentes. O delegado afirma que a família está sob impacto emocional, o que poderia dificultar o reconhecimento do corpo.
Outra hipótese, já deixada de lado pela polícia, é de que poderia se tratar de Luana Rita Stamborovski, de 17 anos, desaparecida desde o dia 20 de março em Maracaju. Porém, a adolescente já fez contato com a família.
Exames - A causa da morte ainda não foi definida. Aparentemente, não há ferimentos. Nesta manhã, o cadáver passou por raio-x. O corpo ainda vai passar por quatro exames: necropsia, avaliação de arcada dentária, impressão digital de DNA.
Já foi solicitado ao dentista de Marielly exames com a arcada dentária. O perito Sávio Ribas explica que a impressão digital será comparada às impressões armazenadas do banco de informações do instituto.
De acordo com o coordenador-geral de perícias, Alberto Dias Terra, o prazo legal para identificação do corpo é de dez dias, mas o prazo é passível de prorrogação. Ainda conforme o coordenador, a reforma no IML não vai influenciar no trabalho. “A reforma não atingiu o serviço de identificação”, assegura.
Homicídio - Caso haja confirmação de que o corpo é de Marielly, o caso será tratado como homicídio. Neste cenário, o delegado não descarta prisões. Porém, se nega a falar sobre a existência de suspeitos. “Não posso atrapalhar as investigações”, justifica.
Marielly saiu de casa, no Jardim Petrópolis, dizendo que iria resolver "um problema" e depois iria ver o namorado. Ela não foi mais vista. A jovem usava bermuda jeans e blusa cor-de-rosa. Desde então, a família vive dias de angústia. Na tentativa de localizar a jovem, eles realizam manifestação na rua e distribuição de panfletos com a foto da garota.