Demolição surpreende e população cobra definição sobre Cidade do Natal
Durante todo o domingo (27), mesmo embaixo de chuva, várias pessoas que passavam pela avenida Afonso Pena, em frente a agora demolida Cidade do Natal paravam para fotografar e descobrir o que tinha acontecido. A maioria tinha a impressão que se tratava de uma tragédia, mas quando descobriam que se tratava da demolição, questionavam porque não foi comunicada e se o novo espaço será útil por mais tempo e de forma definitiva.
“Precisamos de algo em definitivo, para não ter que ficar a cada gestão de um novo prefeito gastando o dinheiro público para reformas. E poderiam ter avisado a população que iriam fazer a demolição”, comenta a funcionária pública Marta Fagundes, 36 anos.
“Achei que a chuva tinha estragado, não sabia que iriam demolir”, conta Matheus Maia Palhano, 18. O primo de Matheus, Guilherme Maia, 18, pede mais espaço para eventos esportivos e direcionados à família. “Lembro de quando podíamos andar de bicicleta aqui, quando as manhãs vinham muitas famílias, estou sentindo falta disso”, responde o jovem.
Todos os entrevistados responderam no mesmo tom, de que não querem um espaço para apenas um mês e sim para todas as ocasiões do ano.
O prefeito de Campo Grande Alcides Bernal (PP), comandou neste domingo (27) a demolição de parte da estrutura da Cidade do Natal, localizada nos altos da Avenida Afonso Pena. A ação visa reestruturar o que tem sido utilizado por usuários de drogas e virou até “motel”, para se tornar um espaço multiuso.
“Vamos reestruturar o espaço para que seja genérico e não só para o Natal. Para se utilize o ano todo. Se puder, vamos reaproveitar o que já existe”, garantiu o prefeito Alcides Bernal.
A obra, que está estimada entre R$ 100 e 150 mil, deve ser concluída até o dia 20 de novembro, na véspera da Festa das Nações, que ocorre no dia 21 e é promovida pela Maçonaria.