Desativado há 30 anos, Teatro do Paço ganha reforma de 701 mil
Edital de licitação foi lançado hoje e prevê reforma de R$ 701 mil para teatro com capacidade para 150 pessoas
Desativado como espaço cultural há quase 30 anos, o Teatro José Octávio Guizzo do Paço Municipal de Campo Grande deve entrar em reforma com previsão de ser reinaugurado até dezembro deste ano. A licitação para apresentação de propostas foi divulgada hoje no Diogrande e será aberta no dia 3 de junho, para escolha da empresa que fará a obra, orçada em R$ 701 mil.
Pelo projeto, a obra prevê a troca das instalações elétrica e hidráulica, troca de piso com novo revestimento e acabamento, colocação de forro, rampas de acesso, troca de poltronas e adequação e modernização cênicas, como placa acústica e de luminárias específicas.
A assessoria da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) explicou que a obra não é reforma completa, mas adequação para garantir acessibilidade e segurança. O espaço do teatro de bolso terá capacidade para 150 espectadores e, pelo edital, deve ficar pronto em 210 dias, a partir da assinatura de contrato.
O secretário Municipal de Turismo, Max Freitas, disse que a verba já estava garantida por meio de emenda parlamentar do então deputado federal Luiz Henrique Mandetta, dada em 2018.
De lá para cá, o projeto foi readequado para que pudesse ser feito dentro dos recursos previstos, até que foi aprovado pela CEF (Caixa Econômica Federal) no fim de 2019. Freitas desconhece o motivo do edital não ter sido aberto anteriormente, mas que agora não há qualquer impedimento burocrático e a obra pode ser executada.
“É projeto importante para Campo Grande, que hoje não tem teatro público disponível”. Freitas disse que o prazo de 210 dias deve levar em conta o prazo de tramitação da licitação e, por isso, acredita que a obra pode se estender até dezembro, sendo inaugurada no fim do ano.
O projeto do prédio da Prefeitura Municipal, incluindo o do Teatro do Paço, foi feito pelo arquiteto Círiaco Maymone, que também foi projetista do Estádio Morenão.
Com a inauguração de teatros maiores, como Aracy Balabanian ou o do Sesc, caiu em desuso e durante tempo, chegou a ser usado como central de atendimento ao cidadão ou para pagamento do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), serviço que foi transferido de lá. Desativo para as artes cênicas há 30 anos, fechou de vez há 10 anos, sendo usado como depósito.