Dia seguinte à execução de traficante, Moreninhas têm operação com helicóptero
Polícia Militar afirma que operação foi de rotina e intensificará fiscalizações em bairros "críticos"
Dia seguinte à execução a tiros do traficante Moraci Pereira Brandão, 49 anos, o Bairro Moreninhas, em Campo Grande, teve fiscalização da Polícia Militar intensificada durante a Operação Escudo, que contou com apoio até de helicóptero na manhã desta quarta-feira (12). Moraci tinha várias passagens pela polícia e foi morto na porta de casa, no mesmo bairro, na tarde dessa terça-feira (11).
Nesta manhã, os moradores se surpreenderam com número maior de viaturas da PM nas ruas e o helicóptero sobrevoando a região. Ao Campo Grande News, a Polícia Militar afirmou que a Operação Escudo não tem ligação direta com a morte de Moraci, mas que todos os planejamentos acontecem de acordo com as estatísticas da segurança pública.
Apesar do homicídio à luz do dia, o empresário Kleber Andrade, de 50 anos, que tem comércio na Rua Barreiras, afirmou que o bairro atualmente é mais tranquilo. "Já foi pior, mas acho que poderia ter umas operações dessas da polícia pelo menos a cada 15 dias. Mas, é só quando acontece um crime desses".
Geni Marinho é moradora das Moreninhas e viu o reforço no policiamento logo cedo. Ela também comenta que houve melhora nos índices de criminalidade na região e vê como positiva a presença da Polícia Militar. "Seguro, seguro, não é. Melhorou bastante a Moreninha principalmente o batalhão da polícia aí, mas ainda não é o suficiente".
A execução - Câmera de segurança registrou o momento em que Moraci chegava em casa na direção de uma BMW, na Vila Cidade Morena, no Bairro Moreninha. Um veículo branco chegou logo atrás e dois homens desceram atirando, enquanto o terceiro permaneceu ao volante. Eles usavam máscaras de palhaço e coletes que pareciam ser à prova de balas.
Após disparar várias vezes, a dupla voltou para o carro, que saiu em fuga. O veículo utilizado pelos atiradores, um Gol cinza ou branco, foi incendiado minutos depois em rua do Jardim Itamaracá - a cerca de 9,9 km do local do homicídio. Até o momento ninguém foi preso.
Ficha criminal - Moraci era traficante conhecido na região das Moreninhas. Em abril de 2011, acabou preso pela Polícia Federal com 312 quilos de cocaína, quando foi abordado na cidade de Aquidauana, distante cerca de 141 quilômetros da Capital. Atualmente, cumpria pena no regime semiaberto e, além de tráfico de drogas, tinha passagens por lesão corporal dolosa, furto qualificado, posse irregular de arma de fogo e desobediência.
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