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Capital

"É um perigo": morador reclama de bueiro ainda aberto depois de "engolir" cadela

Morador diz que bueiro no cruzamento das ruas Carlinda Pereira e Lise Rose está aberto há meses

Silvia Frias e Bruna Marques | 07/07/2022 10:57
Bueiro aberto e sinalizado com galho de árvore, uma tentativa de alertar quem passa por ali. (Foto: Bruna Marques)
Bueiro aberto e sinalizado com galho de árvore, uma tentativa de alertar quem passa por ali. (Foto: Bruna Marques)

No cruzamento das ruas Carlinda Pereira e Lise Rose, no Bairro Danúbio Azul, o bueiro aberto há meses e que já “engoliu” um cachorro no mês passado, continua sendo perigo em potencial para algum pedestre distraído. A sinalização se resume a alguns galhos de árvore.

O catador de recicláveis Luiz Antônio Flores, 59 anos, disse que as tampas foram sumindo há meses. “Não sei se é caminhão que passa por cima ou a turma que rouba”, disse. “Ainda mais que o quilo do ferro tá R$ 1,00, a turma fica doida”. Tampas e bueiro e fios de cobre são os alvos preferidos de usuários de drogas quem furtam material e revendem em ferros-velhos em empresas de material de reciclagem.

Galhos de árvore sinalizam bueiro. (Foto: Bruna Marques)
Galhos de árvore sinalizam bueiro. (Foto: Bruna Marques)

Flores foi quem encontrou a cadela “Marron” caída dentro do bueiro, no dia 19 de junho e acionou o Corpo de Bombeiros. Foram horas até que ela fosse retirada. Na reportagem do Campo Grande News sobre o flagrante, morador contou que retirou o mesmo animal dois meses antes, do mesmo bueiro aberto.

O catador de reciclável disse que não sabe se alguém chegou a formalizar a reclamação à prefeitura, atualizando a situação sobre o sumidouro aberto, mas que já foram feitos relatos sobre o entupimento em dia de chuva forte. “A gente reclama e não atendem, até quando entope, a gente enjoa de ligar e ninguém vem”.

Flores pede providências. “Minha preocupação é à noite, quem passa ali não vê e cai, aí pode ser mais grave, quebrar perna, um braço, aquilo ali tá um perigo”. Apesar de estar com pouca sujeira, a profundidade é de cerca de 1,55 m, podendo "engolir" pessoa de baixa estatura.

No dia do acidente com a “Marron”, os moradores usaram cavalete da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) que estava próximo para sinalizar o bueiro aberto. Hoje, há somente alguns galhos de árvore.

A reportagem tentou falar com outros moradores da região, mas, no condomínio em frente, ninguém quis comentar o assunto. Também encaminhou pedido de resposta para a prefeitura sobre a instalação e grades de proteção no local e aguarda retorno.

"Marron" foi resgatada de bueiro em junho e sumidouro continua aberto até hoje. (Foto/Arquivo)
"Marron" foi resgatada de bueiro em junho e sumidouro continua aberto até hoje. (Foto/Arquivo)


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