Em 2 dias, guardas flagram 297 com pipas e apreendem 75 linhas chilenas
Equipes percorreram todas as regiões no fim de semana em busca do uso proibido e perigoso do cerol nos campeonatos de pipa
Entre sábado (30) e domingo (31), agentes da GCM (Guarda Civil Metropolitana) flagraram 297 pessoas espalhadas pelos bairros da cidade soltando pipa na rua, em grupos, entre crianças, adolescentes e adultos. Mesmo com a pandemia de covid-19, os índices de isolamento são baixos, e o campeonato preferido dos bairros depois do futebol não para nem com o coronavírus.
Nem mesmo o medo da ilegalidade, já que pela proibição, 75 linhas chilenas foram tomadas de seus donos ao longo dos dois dias de operação. O uso do cerol nas linhas, material feito de cola e vidro - extremamente cortante -, é proibido por lei estadual de 2007, mas é amplamente utilizado para cortar pipas de competidores.
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As operações ocorreram durante as tardes e além das pinhas, pela presença de cerol a guarda também levou embora 45 pipas. As pessoas apenas foram orientadas na abordagem e ninguém acabou preso.
No domingo, dia preferido pra empinar pipa, só nas regiões Anhanduizinho e Lagoa, os agentes encontraram 42 linhas com cerol, 32 só na região Lagoa. Enquanto no Anhanduizinhos a guarda encontrou mais pessoas no Aero Rancho, na região Lagoa o Jardim Tijuca e Jardim Buriti foram onde os guardas mais encontraram aglomeração para soltar pipa com linha chilena.
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Até festa – Leitor que pediu para não ser identificado, ainda assim, disse que tem tentado a presença da Guarda para coibir o problema, sem sucesso. No Jardim Pênfigo, conforme explicou, o que mais incomoda é ver “homens barbados soltando pipa, fazendo muita bagunça e algazarra”.
Ele disse ter ouvido até som de disparos no domingo (31).
“Tem uma festa no Jardim Colibri que é um inferno, acontece terça, quinta e sábado. Liga para a Guarda e não atende, liga no 190 também não atenderam. Foi difícil de aguentar, muito barulho, tiros, gritaria e barulho de motos. Consegui falar no 190 depois de tentar muito e me disseram que era pra aguardar, mas até de noite não tinha aparecido ninguém”, contou, sobre o último domingo.