Em apoio a caminhoneiros, ato tem verde-amarelo e pedido de intervenção militar
Manifestação atrai diversos grupos e Vem pra Rua espera 20 mil pessoas com buzinas e acessórios em verde e amarelo
Manifestação que percorre a Afonso Pena em direção à Praça do Rádio atraiu uma multidão vestida de verde e amarelo. Os manifestantes dividem-se em grupos diversos e todos declaram apoio à greve dos caminhoneiros, que pede a redução do preço dos combustíveis.
No grupo, há gente de todas as matizes. Cerca de 50 “bicicleteiros” encontraram-se em frente ao Aquário e seguiram em direção ao posto Caravágio. Um dos participantes, Luxemburgo Souza, é gerente de TI (Tecnologia da Informação) e acredita que o movimento é um “pontapé”.
“Isso que está acontecendo é um pontapé pra mostrar quando uma única classe se une o que pode acontecer com o país”, comentou. Segundo explicou, o grupo largou os carros durante essa semana e foram trabalhar de bicicleta, como uma forma de protesto.
O protesto reúne pessoas de diversas idades. Um dos grupos presentes é o Vem Pra Rua, famoso durante as manifestações que pediram a saída da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT). É possível ver uma faixa enorme pedindo intervenção militar. O grupo Vem pra Rua espera cerca de 20 mil pessoas.
Teve até quem veio com um meio de transporte alternativo. É o caso da família do fazendeiro Luis Carlo Gomes, que levou a família em um cavalo e duas mulas para o protesto. Luiz relatou que foi até a Praça do Rádio de Caminhão, subiu até a frente do Aquário do Pantanal cavalgando e voltou a cavalo para a praça.
“Acho que ainda está todo mundo acomodado, acreditava que teria mais gente”, comentou. Luis brincou que ainda “ganha” dos condutores de bicicleta, já que “não precisa fazer esforço”.
O Organizador do grupo, o vendedor Igor Martins, relatou que o ato é para apoiar os caminhoneiros que estão parados na estrada desde o fim de semana passado. "O campo-grandense está muito estacionado, agora que está acordando e vindo pra rua”, comentou. Metade do grupo vai para o posto Caravaggio e outra metade para a Praça do Rádio. “Se tudo der certo queremos ir para a frente do CMO [Comando Militar do Oeste] cantar o hino nacional”, finalizou.