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Capital

Em carta, equipe da Deam acusa imprensa de "sensacionalismo" após feminicídio

Policiais assinam documento que defende a atuação no caso Vanessa Ricarte

Por Ângela Kempfer e Anahi Zurutuza | 18/02/2025 18:01
Em carta, equipe da Deam acusa imprensa de "sensacionalismo" após feminicídio
Trecho final da carta assinada por integrantes da equipe da Deam (Foto: Reprodução)

Após 12 delegadas de Campo Grande pedirem remoção coletiva da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, policiais e outros integrantes da equipe da Deam assinaram carta com críticas à imprensa. No texto, o grupo afirma que as denúncias dirigidas à equipe composta pela delegada titular, Elaine Cristina Ishiki Benicasa, e às delegadas Riccelly Donha e Lucélia Constantino, "atentam contra a honra e a dignidade das profissionais, representando um ataque a todas as mulheres que atuam na segurança pública".

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Após o pedido de afastamento coletivo de 12 delegadas da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) em Campo Grande, uma carta assinada por elas critica a imprensa por "sensacionalismo" no caso de feminicídio de Vanessa Ricarte. As delegadas afirmam que a cobertura midiática desrespeita a memória da vítima e desvaloriza o trabalho policial. Elas se defendem das acusações de atendimento falho e reafirmam compromisso com a transparência e combate à violência de gênero, destacando a dedicação da equipe da Deam e os avanços na resolução de casos.

A carta começa falando o que consideram "exploração midiática do caso", afirmando que a busca por popularidade desrespeita a memória da vítima e de seus familiares, além de desvalorizar o trabalho sério dos policiais que atuam diariamente para garantir justiça.

O fato dos veículos de imprensa divulgarem áudio em que a vítima Vanessa Ricarte critica a postura da Deam, na avaliação dos signatários, é "sensacionalismo", que não contribui para um debate responsável sobre a violência de gênero.

O áudio em questão instaurou crise na Casa da Mulher Brasileira. Em mensagem enviada a um amigo, a jornalista relata atendimento falho na Deam e orientações equivocadas. Horas depois, ela foi morta pelo ex-noivo, com 3 facadas no coração.

A exploração midiática de um caso tão cruel de feminicídio, movida pela busca por popularidade, desrespeita a memória da vitima e de seus familiares, além de desvalorizar o trabalho sério de policiais que atuam diariamente para garantir justiça".

O grupo se coloca como vítima de movimento de desmoralização e diz que apenas cumpre a lei. "Reafirmamos nosso compromisso com a transparência e a seriedade na apuração dos fatos, sempre respeitando as normas legais e o devido processo. Não aceitaremos qualquer tentativa de desmoralização dos nossos profissionais, que desempenham um papel essencial na luta contra a violência de gênero", destaca o documento.

Na avaliação dos policiais, a equipe da Deam é composta por profissionais qualificados e dedicados, "que buscam oferecer um atendimento humanizado, reforçando o compromisso da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul no combate à violência de gênero."

A equipe ressalta que a delegacia permanece firme em sua missão de proteger e garantir justiça às vítimas de violência. "Nos últimos anos, a Deam de Campo Grande registrou um aumento significativo na resolução de casos, salvando inúmeras vítimas. O trabalho preventivo, por meio de campanhas de conscientização e parcerias com instituições, tem sido essencial para combater e prevenir a violência contra a mulher".

(*) Matéria alterada às 22h06 para correção de informação.

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