Em domingo com chuva, moradores só pensam em promessa de asfalto no Noroeste
Dia chuvoso é motivo de transtornos para quem mora no bairro e espera por obras que devem começar em breve
Começou a chover e em poucos minutos ruas do Jardim Noroeste já estavam alagadas. O domingo com chuva, que para muitas pessoas é sinônimo de descanso e tranquilidade, traz transtornos para os moradores deste bairro, que fica na região Sul de Campo Grande. Sem poder sair de casa, eles só falam na “promessa de asfalto”, que pode por fim aos alagamentos.
Morador da Rua Urupês, há 4 anos, o serralheiro Vanderli da Silva, de 42 anos, conta que as enchentes são problemas constantes toda vez que chove na via, que é trajeto de linha de ônibus. Além disso, motocicletas derrapam no barro depois que a água é escoada.
“Nem sei como o ônibus consegue passar, porque a rua vira um rio. A água desce e escoa para um loteamento novo. O asfalto já foi prometido, mas há 5 meses veio uma equipe de topógrafos, que disseram que estavam demarcando, mas não veio mais ninguém”, lamenta Vanderlei.
A comerciante Bianca Rodrigues, de 23 anos, está há mais tempo no bairro e conta que o asfalto é promessa de mais de 10 anos das autoridades.
“Qualquer ‘chuvinha’ que cai aqui se torna uma enxurrada. A prefeitura até tentou cascalhar para tentar amenizar o problema no ano passado, mas faz e na outra semana chove de novo e volta o mesmo problema”, conta Bianca.
Ela lembra que no sábado houve eleição de liderança de bairro e o tema asfalto foi foco das “promessas”. As lideranças prometem “lutar” pela implantação do asfalto, mas a atribuição é da prefeitura.
A Ruas Da Conquista, Indianápolis e Do Bananal também estão entres as alagadas, nesta manhã.
Drenagem e asfalto - A prefeitura tem planos para obras de drenagem e asfalto para todo o bairro Jardim Noroeste.
Será feita drenagem em 4 quilômetros e instalados dois piscinões com capacidade para reter 10 milhões de litros de água, na Rua Urupês, que faz a divisa entre Jardim Noroeste e Chácara dos Poderes. A via será asfaltada. A licitação foi aberta em meados do ano passado.
Em fevereiro deste ano, foi divulgada a empresa que fará os trabalhos. Com financiamento federal, a obra custará R$ 9,4 milhões e será executada pela empresa Relevo Engenharia Civil Eireli.
A previsão é a criação de 43 trechos de galerias para captar a água, com tubulação de concreto. A obra contratada pela Prefeitura terá duração de 360 dias, com a realização por fases, à medida que cada trecho for concluído, fiscalizado e pago.