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Capital

Em vídeo, mulher que matou aposentada pede respeito aos idosos

Pâmela Ortiz de Carvalho postou vídeo no Facebook, no dia 13 de agosto do ano passado, contando situação que passou com motorista de aplicativo

Anahi Zurutuza, Viviane Oliveira e Danielle Valentim | 26/02/2019 10:20
Em vídeo postado em rede social, Pâmela faz relato indignado (Foto: Reprodução)
Em vídeo postado em rede social, Pâmela faz relato indignado (Foto: Reprodução)

Indignada na rede social, Pâmela Ortiz de Carvalho, de 36 anos, que confessou ter agredido até a morte a aposentada Dirce Santoro Guimarães Lima, 79, pede respeitos “aos idosos, gestantes, cadeirantes, mães com crianças”. Ela postou vídeo no Facebook, no dia 13 de agosto do ano passado, contando situação que passou com motorista de aplicativo.

Conforme o relato, Pâmela e um dos filhos, que é deficiente físico e mental, foram “expulsos” de carro conduzido por uma motorista de aplicativo porque o garoto estava em crise, chutava os bancos e chorava muito.

No fim do vídeo, ela se diz indignada. “Não falo nem revoltada, porque revolta é uma palavra muito forte, mas estou indignada”.

Ela revela o nome da motorista, mas diz que não vai divulgar mais dados porque não quer expor ninguém e que o objetivo do vídeo é “conscientizar as pessoas”.

O post tem 30 curtidas, 12 comentários e 4 compartilhamentos.

Veja trecho do depoimento postado no Facebook:

Presa – Por decisão do juiz Marcel Henry Batista de Arruda, durante audiência de custódia na manhã desta terça-feira (26), Pâmela continuará presa. Ele descartou a possibilidade de fiança e também não a liberou pelo fato de ser mãe de quatro filhos.

O magistrado citou a ficha de Pâmela que tem crimes cometidos de 2014 a 2016. A mulher responde processos por ameaça, furto, peculato e estelionato.

Ela foi levada para o Presídio Feminino Irmã Irma Zorzi, na Capital, e vai responder por homicídio simples e ocultação de cadáver.

Pâmela ao chegar para audiência de custódia, tentando esconder o rosto da imprensa (Foto: Danielle Valentim)
Pâmela ao chegar para audiência de custódia, tentando esconder o rosto da imprensa (Foto: Danielle Valentim)
Em frente à sala do Fórum, ela precisou esperar alguns minutos para ser recebida pelo juiz (Foto: Danielle Valentim)
Em frente à sala do Fórum, ela precisou esperar alguns minutos para ser recebida pelo juiz (Foto: Danielle Valentim)

O crime e a confissão – Conforme apurou a Polícia Civil, Pâmela prestava serviço de “Táxi da Vovó” para a aposentada e a matou para não ter de quitar dívidas que fez no nome da idosa no valor de cerca de R$ 1 mil.

A vítima desapareceu no sábado (23) e todo o enredo foi descoberto nesta segunda-feira (25) quando vizinhas da idosa foram à 7ª DP (Delegacia de Polícia) para registrar o sumiço.

Na tentativa de despistar qualquer suspeita, a assassina confessa também esteve na delegacia.

Segundo a delegada Christiane Grossi, responsável pela investigação, Pâmela só admitiu ter assassinado a idosa ao ser informada pela polícia que câmeras de segurança haviam flagrado o momento em que ela saiu com Dirce no sábado, dia do desparecimento. Antes de saber das imagens, ela havia negado até mesmo ter encontrado a vítima.

Ainda conforme a delegada, as duas saíram juntas para tentar resolver os débitos que a mulher teria feito nos cartões de crédito da vítima em pelo menos duas lojas da Capital.

“No caminho elas se desentenderam e ela agrediu a aposentada”, comentou Christiane. A perícia identificou um corte profundo na cabeça da aposentada, mas ainda não se sabe com o que a suspeita teria atingido a vítima.

Em seguida, Pâmela abandonou o corpo entre as árvores de um terreno, sob um amontoado de lixo no bairro Indubrasil.

O achado do cadáver foi informado à polícia no momento em que a assassina confessa estava sendo interrogada. Outras quatro vizinhas da aposentada também prestaram depoimento, durante a tarde na 7ª delegacia.

Além de prestar serviço como motorista de idosos, Pâmela se apresentava como policial.

A idosa era viúva, não tinha filhos e nem familiares em Campo Grande.

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