Empresário preso em festa reclama de vizinho que não sabe socializar
Conhecido como "festeiro do Damha", de 44 anos, ele chegou a ser preso por som alto ao vivo em condomínio de luxo
O empresário Aloisyo José Campelo Coutinho, de 44 anos, avisa que não sairá do condomínio de luxo da Capital e fala em perseguição de vizinhos. Morador do Damha 3, ele foi preso no fim de semana por promover festa com música ao vivo.
Sem querer muita conversa, Aloisyo disse ao Campo Grande News que permanecerá “em casa, sim” e classificou a situação como “perseguição de dois vizinhos". Ele, inclusive, reclama da tranquilidade na casa ao lado. "Nunca ouvi nenhuma palavras deles oriundas da casa, nem saindo fumaça da churrasqueira. Sem comunicação com demais vizinhos para a sociabilidade!”, comenta.
O empresário foi solto depois de pagar fiança de R$ 200 mil. O valor havia sido arbitrado em R$ 313,5 mil pela delegada Deborah Mazzola, da 3ª Delegacia de Polícia Civil, mas foi reduzido a pedido da defesa.
O juiz Maurício Petrauski determinou que além do pagamento da fiança, o empresário não poderá frequentar ou promover festas, eventos ou reuniões que gerem aglomerações de pessoas. Também determinou que o empresário permaneça em casa entre 21h e 5h do dia seguinte.
O caso - Equipes da 3ª Delegacia de Polícia Civil, do GOI (Grupo de Operações e Investigações) e da PMA (Polícia Militar Ambiental) foram ao endereço do empresário por volta de 0h30 do sábado, dia 15, após denúncia de festa com música ao vivo.
Ele já responde procedimentos administrativos instaurados pelo condomínio e vizinhos já haviam procurado a polícia mais de uma vez para denunciar festas com som alto. Na decisão pela liberdade provisória, o juiz Maurício Petrauski anotou que “as vítimas da poluição sonora se fizeram presentes na Delegacia de Polícia, inclusive apresentando cópia de receituário médico psiquiátrico, em virtude do crime mencionado”.
Na madrugada de sábado, em frente ao imóvel, os policiais encontraram fileira de carros estacionados. No local, havia cerca de 20 pessoas e música ao vivo com sanfona, violão e cajón.
Policiais militares ambientais mediram a pressão do som emitido pela aparelhagem da banda que tocava e o resultado foi de 61,1 decibéis. A potência máxima permitida é de 45 decibéis. A prisão em flagrante se deu pelo crime ambiental (poluição sonora), desacato, desobediência civil e perturbação do sossego. O morador foi ainda multado em R$ 15 mil pela PMA.