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Capital

Empresários se mobilizam para reverter fechamento de acessos na BR-163

Eles defendem construção de trevo próximo a área do Pólo Empresarial Sul, mas pedido é ignorado pela ANTT

Tainá Jara | 29/11/2019 13:36
Acesso ao depósito de empresa de reciclagem de entulho, localizado na BR-163, foi fechado por defensa metálica, instalada pela CCR MSVia, há cinco meses (Foto: Paulo Francis)
Acesso ao depósito de empresa de reciclagem de entulho, localizado na BR-163, foi fechado por defensa metálica, instalada pela CCR MSVia, há cinco meses (Foto: Paulo Francis)

Queixas em relação às intervenções realizadas na BR-163 pela concessionária CCR MSVia , responsável por administrar o trecho de 845 quilômetros de rodovia em Mato Grosso do Sul, são frequentes e podem até a levar a rescisão do contrato. Além de não cumprir promessa de duplicação em mais de 300 quilômetros, a empresa compromete a economia local, em Campo Grande, onde acessos a empreendimentos foram fechadas por defensas metálicas. Empresários prejudicados se mobilizam para reverter às medidas e aperfeiçoar urbanos.

A implantação do instrumento segurança foi feita em apenas 120 quilômetros do total de rodovia administrada pela concessionária. Mesmo em poucos locais, as defensas metálicas foram suficientes para alterar consideravelmente a rotina de algumas pessoas.

Instalada no trecho da BR-163, na região das Moreninhas, a empresa CGEA Ambiental, mantém depósito de entulhos de construção para reciclagem. Para manter a unidade em funcionamento, os sócios precisaram recorrer a prefeitura da Capital. Eles tiveram o principal acesso a área fechado há cerca de cinco meses.

Nós fizemos os dois acessos e estamos pensando em fazer um terceiro, pela MS-040. Porque se não a gente tem que parar. Fechar o empreendimento”, explica o gerente Ivan Garcia de Oliveira.

A terceira estrada para circulação dos caminhões responsáveis por carregar as caçambas só não foi aberta ainda, pois, a prefeitura autorizou a utilização de um terreno público para a empresa se manter em funcionamento. “Nós não tínhamos outra opção a não ser fazer um acesso provisório. Eles não deram condição. Tinham que ter feito esse trevo de acesso ao Polo Empresarial Sul”, afirma.

Empresa precisou improvisar acesso de caminhões ao depósito em terreno emprestados pela prefeitura (Foto: Kisie Ainoã)
Empresa precisou improvisar acesso de caminhões ao depósito em terreno emprestados pela prefeitura (Foto: Kisie Ainoã)
Acessos foram fechados em vários trechos da região urbana cortada pela BR-163, na Capital (Foto: Paulo Francis)
Acessos foram fechados em vários trechos da região urbana cortada pela BR-163, na Capital (Foto: Paulo Francis)

Além de Ivan, outros cinco empresários recorrem à prefeitura para tentar solucionar o problema junto a CCR MSVia e a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). Ofício assinado pelo prefeito Marcos Trad, no dia 20 de novembro de 2019, solicita maior prazo para análise mais detalhada do fechamento dos acessos no Anel Viário da Capital, no trecho do KM 472 ao Km 473.

No dia 19 de novembro, a prefeitura procurou a ANTT pedindo mais tempo para as adequações na Avenida Zilá Corrêa Machado, na BR-163. Participaram da reunião que resultou no documento, as empresas Auto Elétrica Ajax, Ciaopetro Distribuidora de Combustível, Campo Grande Engenharia Ambiental, Cerâmica Campo Grande e Rodocap.

Em nota, a CCR MSVia afirmou que o acesso ao depósito de resíduos da CGEA Ambiental foi fechado por ser irregular. “Os fechamentos têm sido realizados pela concessionária, em razão de uma obrigação contratual firmada com a União, representada pela ANTT. A CCR MSVia reitera que o objetivo destes fechamentos é disciplinar o tráfego e reduzir a exposição dos usuários a acidentes na BR-163/MS.”

A ANTT e a prefeitura não responderam aos questionamentos da reportagem do Campo Grande News.

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