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Capital

Empresas já atuam lideram pontuação na licitação do transporte

Paula Vitorino | 27/09/2012 09:22
Entrega das propostas das empresas concorrentes foi no dia 14 de agosto. (Foto: Nicholas Vasconcelos)
Entrega das propostas das empresas concorrentes foi no dia 14 de agosto. (Foto: Nicholas Vasconcelos)

O Consórcio Guaicurus, formado pelas empresas Viação Cidade Morena, Viação São Francisco e Jaguar, obteve a nota máxima, 100 pontos, na avaliação técnica da licitação do transporte coletivo de Campo Grande.

A concorrente, a empresa Auto Viação Redentor, de Curitiba (PR) obteve nota técnica de 82. O resultado foi publicado no Diário Oficial nesta quinta-feira (27).

As propostas técnicas foram entregues no último dia 22. O líder, Consórcio Guaicurus, apresentou documento com 75 folhos. Ele é formado pelas empresas que integram a Assetur (Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano), responsável pelo atual sistema de transporte coletivo da Capital.

Já a concorrente, apresentou proposta com 15 folhas. A Viação Redentor é uma empresa de Curitiba, cidade que sempre foi considerada molde para o transporte coletivo em Campo Grande.

A empresa atua há 50 anos na Capital paranaense, com 71 linhas e diz transportar 200 mil passageiros diariamente e empregar 1,6 mil pessoas.

Essa é segunda etapa da licitação. Entre os critérios técnicos estavam o controle/mobilização da frota e da segurança interna dos veículos, acessibilidade, absorção e treinamento de mão de obra, experiência em operações de serviços de transporte coletivo de ônibus, certificações (qualidade, meio ambiente, saúde e segurança) e bilhetagem temporal eletrônica.

Uma das exigências era de que o proponente absorva 30% da mão de obra operacional das atuais empresas já no primeiro dia. Caso se comprometesse a absorver 100% dos trabalhadores, o concorrente teria maior pontuação.

A partir da agora as empresas têm prazo para recurso. Em seguida, a disputa segue para a última etapa da licitação, com a entrega das propostas de preço e análise da comissão.

O contrato com a vencedora terá validade de 20 anos, podendo ser prorrogado por mais 10 anos. A oferta mínima para outorga da concessão é de R$ 10 milhões, enquanto que o faturamento ao longo dos anos será de R$ 3,4 bilhões.

O edital prevê que a vencedora faça investimentos de R$ 800 milhões no transporte coletivo, sendo que R$ 40 milhões devem ser imediatos. Entre as exigências está previsto: implantar sistema de informações georreferenciadas, padronizar as estações de pré-embarque e disponibilizar 600 ônibus, todos com acessibilidade e câmeras de monitoramento (atualmente são 537 coletivos).

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