Envolvido em morte durante "tribunal do crime" é condenado a 5 anos de prisão
Crime aconteceu em julho de 2020 e outros dois envolvidos foram condenados em outubro do ano passado
William da Silva Rampagni de Moraes sentou no banco dos réus da 2ª Vara do Tribunal do Júri nesta quarta-feira (1°) e acabou condenado pelo envolvimento no assassinato de Vinícius de Souza e Silva. O crime aconteceu em julho de 2020 e a vítima foi encontrada com pés e mãos amarrados e diversos ferimentos no peito, em uma área de mata no Loteamento Rancho Alegre, em Campo Grande.
Vinícius foi executado durante “tribunal do crime”. Ele estava desaparecido desde o dia 5 daquele mês e, conforme o boletim de ocorrência registrado pela família do rapaz, ele saiu de Várzea Grande (MT) porque estava jurado de morte pelo Comando Vermelho e estava em Campo Grande há menos 30 dias.
Outros três envolvidos no crime foram julgados em outubro de 2022. Josiel Carneiro de Souza, o “Vingança”, foi condenado a 20 anos de prisão por homicídio qualificado e Lucas Oliveira Emeliano, 23, o “Parazinho”, teve sentença de 17 anos e 11 anos pelo mesmo crime, mais ocultação de cadáver. Ambos em regime fechado. Já Matheus de Jesus Correia foi absolvido por insuficiência de provas.
William não foi julgado junto com os comparsas e acabou sentando no banco dos réus sozinho nesta quarta-feira. Na época, ele foi preso e solto semanas depois, mas teve a prisão preventiva decretada, sendo cumprida em setembro de 2022. Ele recorreu da pronúncia e estava aguardando julgamento.
Na denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), William e um adolescente de 16 anos, conhecido como “Terror da Madrugada”, sequestraram Vinícius para que ele fosse julgado pelo PCC (Primeiro Comando da Capital), por suposta ligação com o CV, facção rival.
O réu acabou sendo condenado pelo sequestro e cárcere privado de Vinícius com a pena de cinco anos de prisão, mais o pagamento de 15 dias-multa. O regime de pena é o semiaberto, mas segundo a decisão do juiz Aluizio Pereira dos Santos, William deve permanecer preso até que consiga progressão no Juízo da Execução Penal.