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Capital

Enxurrada derruba motos em frente a agência de empregos na 14 de Julho

Cerca de três veículos foram derrubados e arrastados pela força da água

Danielle Valentim e Bruna Kaspary | 19/03/2018 12:09
Em frente a uma loja de cortinas, a moto só parou após alcançar traseira de carro. (Foto: Saul Schramm)
Em frente a uma loja de cortinas, a moto só parou após alcançar traseira de carro. (Foto: Saul Schramm)

A chuva que atinge Campo Grande na manhã desta segunda-feira (19) alagou algumas ruas, entre elas, trecho da Rua 14 de Julho, no Centro, onde motocicletas foram arrastadas pela força da correnteza. O fenômeno natural se intensificou por volta das 11h, quando a quantidade de água formou forte enxurrada na região central.

Em frente a Funsat (Fundação Social do Trabalho de Campo Grande) duas motocicletas foram derrubadas e arrastadas pela força da água, uma Honda Fan, preta e uma Yamanha Fazer 250, vermelha. Mais à frente, ainda na 14, a reportagem se deparou com mais uma, que só parou ao alcançar a traseira de um carro.

O pastor Luciano Barreto, 41 anos, foi uma das vítimas da chuva. Ele havia acabado de deixar a esposa na Funsat e se abrigou na Agência quando a chuva começou. Assim que o temporal parou, o pastor viu que a moto não estava no mesmo lugar e que a lataria estava solta. O homem não conseguiu encaixar a carenagem e nem ligar o veículo. “O pessoal disse que a moto caiu e eles levantaram. Quando eu cheguei ela estava afastada do meio fio. Agora vou ligar para um guincho, vou ver com meu advogado se ele pode ver isso”, disse.

Dupla tentou salvar as motocicletas da força da água. (Foto: Direto das Ruas)
Dupla tentou salvar as motocicletas da força da água. (Foto: Direto das Ruas)
Donos de motocicletas "salvas" ficaram surpresos ao encontrar veículos. (Foto: Direto das Ruas)
Donos de motocicletas "salvas" ficaram surpresos ao encontrar veículos. (Foto: Direto das Ruas)

Cristiane Acunha, estava em treinamento na Funsat, quando decidiu sair para almoçar a pé. Ao retornar, viu que a moto estava suja e em cima da calçada. “Nem achei que iria chover e achei que a chuva não seria capaz de derrubar minha moto. Terei que chamar um guincho, pois não tenho com ir embora”, disse.

Motocicleta não funcionou. (Foto: Saul Schramm)
Motocicleta não funcionou. (Foto: Saul Schramm)

A chuva teve início por volta das 10h40 quando a temperatura já se aproximava dos 30°C. Ontem (18), as temperaturas ultrapassaram os 38°C, mas o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) já previa a chegada de chuvas curtas. O Instituto esclarece que o tempo quente produz umidade e, por consequência, resulta na formação de "células de tempestades".

No entanto, apesar do alívio, o calorão só deve diminuir a partir de quarta-feira (21) com a aproximação de um sistema frontal que atua mais intensamente no oceano, a nebulosidade aumenta a partir do sul do estado, e as temperaturas máximas diminuem sensivelmente.

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