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Capital

Escola decreta luto pela morte de menina espancada por colegas

Há uma semana, Gabriela Ximenes Souza, 10 anos, foi espancada perto da escola Lino Villachá, no Bairro Nova Lima

Guilherme Henri e Geisy Garnes | 06/12/2018 14:40
 Escola Estadual Lino Villachá, no Bairro Nova Lima (Foto: Arquivo)
Escola Estadual Lino Villachá, no Bairro Nova Lima (Foto: Arquivo)

A Escola Estadual Lino Villachá, no Bairro Nova Lima, decretou luto de três dias pela morte da aluna Gabriela Ximenes Souza, 10 anos. A menina morreu nesta quinta-feira (6), uma semana depois de ser espancada por outras três garotas perto da escola.

A informação sobre o luto é do diretor da escola, Olívio Mangolim. Porém, conforme a Secretaria Estadual de Educação, o luto é simbólico, não alterando o calendário escolar. 

Ao Campo Grande News, o diretor contou que só soube da briga um dia depois, quando o pai de Gabriela procurou a escola para relatar o que tinha acontecido.

“Convocamos uma reunião com os pais de todos os envolvidos para entender o que havia acontecido. No entanto, a briga foi fora da escola e antes da briga não houve relato algum de ameaça ou mesmo briga por parte das meninas”, detalhou.

Porém, mesmo fora, o diretor disse que internamente a escola apura qual foi exatamente o conflito entre as crianças. “Temos muitas medidas de conscientização para evitar esse tipo de caso na escola. É uma questão levada a sério por nós”, destaca.

Além disso, o diretor destacou que a sala em que Gabriela estudava é considerada uma das mais comportadas da escola.

Excelente aluna – O professor de educação física André Luiz de Oliveira, disse que foi um dos primeiros a encontrar Gabriela caída, cerca de 300 metros da escola. O educador relata que estava em uma loja perto da escola quando dois alunos o encontraram e disseram que a menina estava caída.

“Quando cheguei no lugar perguntei o que tinha acontecido para Gabriela. Mesmo caída, ela conseguiu dizer que foi perseguida por outras duas meninas. Elas teriam xingado a aluna que revidou, momento que acabou agredida com mochiladas até cair no chão”, detalha.

André Luiz disse que chamou o socorro e permaneceu no local até a chegada de uma ambulância do Samu. “Já dei aula para ela [Gabriela]. Era uma excelente aluna”, desabafa.

Investigação - Embora tenha ocorrido há uma semana, só hoje o caso foi registrado na Polícia Civil, depois da morte. O delegado José Roberto de Oliveira Junior informou que, embora tudo indique que o óbito tenha relação com a agressão na escola, é preciso investigar e por isso o registro foi como "morte a esclarecer".

De acordo com o delegado, a Depac Centro fez o boletim de ocorrência, mas a investigação vai ficar a cargo da Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude), responsável por infrações envolvendo crianças e adolescentes.

A assessoria de imprensa da secretaria de educação informou que, embora tenha acontecido fora das dependências, a Secretaria Estadual de Educação acompanha o caso. Por envolver adolescentes e crianças, os nomes das agressoras são preservados por imposição do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

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