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Capital

Especialista elogia serviço, mas tapa-buracos ainda precisa de melhoria

Leonardo Rocha | 14/12/2015 14:23
Recuperação de vias e adequação na operação tapa-buraco geraria mais resultados e menos custos (Foto: Divulgação)
Recuperação de vias e adequação na operação tapa-buraco geraria mais resultados e menos custos (Foto: Divulgação)

Especialistas apontam falhas na execução do serviço tapa-buracos em Campo Grande. Já houve avanço em relação ao sistema adotado anteriormente, mas ainda carece de medidas para dar mais durabilidade ao trabalho e evitar o surgimento de rachaduras a cada chuva.

O prefeito Alcides Bernal (PP) está realizando a operação tapa-buraco em Campo Grande, com a intenção de amenizar os problemas imediatos. No entanto, o processo pode gerar economia maior aos cofres públicos se adotar outras medidas, que garantam um resultado de longo prazo.

Especialista ouvido pelo Campo Grande News ressaltou que estas ações corretivas, não podem deixar de ser feitas, já que se trata de uma recuperação imediata, para evitar acidentes e outros transtornos, mas que podem ser melhor executadas, com aparelhos e métodos mais eficientes, que geram economia de custos.

Entre as mudanças estaria o uso fresagem no pavimento, que se trata de um corte de uma ou mais camadas, em um processo mecânico, permitindo que o tráfego se desloque de forma mais suave e confortável, ajudando para evitar infiltração de água, que acaba danificando o asfalto.

Este método é inclusive usado em rodovias, por concessionárias, como a CCR MSVia, que faz correção das "trincas" e fresagem, para que dure muito mais tempo, sem precisar novas intervenções. Estes equipamentos em médio prazo ficam até mais baratos para utilização, do que o método usado atualmente.

O prefeito Alcides Bernal utiliza um modelo de fazer o recorte e base do buraco, antes de tampar, mas é algo corretivo, que com o tempo vai voltar a gerar problemas. Antes era feito a intervenção apenas no buraco.

Planejamento - De acordo com especialistas, o executivo precisaria de um planejamento a médio e longo prazo, que permitiria que ações preventivas, diminuíssem as corretivas, tendo resultados maiores e economia de recursos.

Entre elas estaria o recapeamento de áreas com fluxo maior, assim como até o uso e micro-revestimento em locais com tráfego menor, que custaria 30% do primeiro, podendo ser feito em locais específicos, após estudo e definição do executivo. Existem vias da Capital asfaltadas há 40 e 50 anos, que nunca tiveram um projeto de recuperação.

A intenção seria adequações de acordo com os trechos, como por exemplo rotatórias, que precisaria de fresagem e nova capa asfáltica, para suportar a demanda. A solução seria um projeto bem definido, com ações preventivas antes do período de chuvas.

Licitação - De acordo com o secretário municipal de Obras, Amilton Cândido de Oliveira, a prefeitura de Campo Grande estuda abrir licitação em janeiro, para uma reorganização na operação de tapa-buracos, tendo a intenção de adotar novo sistema, mais eficiente e que vai economizar recursos no futuro, segundo ele.

O secretário diz que será avaliado modelos que já são desenvolvidos em outras cidades, com aparelhagem e equipamentos mais sofisticados. "Temos um pavimento muito velho e muitos problemas, ainda assumimos (gestão) com crise financeira, porém vamos dividir as regiões e exigir que as (empresas) interessadas tenham os equipamentos adequados", promete.

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