ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
DEZEMBRO, SEGUNDA  23    CAMPO GRANDE 24º

Capital

Estado quer que Sesau informe na Justiça porque não vacinou servidores da Agesul

No período em que imunização de trabalhadores da construção civil estava aberto, CNPJ e CNAE geraram confusão

Lucia Morel | 02/07/2021 16:28
Homem é vacinado em Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)
Homem é vacinado em Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

Nova disputa se abre entre Governo de Mato Grosso do Sul e Prefeitura de Campo Grande quanto à vacinação contra covid-19. Desta vez, o Estado questiona ato da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) que deixou de fora servidores da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) enquanto profissionais da construção civil.

O Estado acionou a Justiça com pedido de mandado de segurança com pedido de liminar para que a Sesau inclua os CNPJs da Agesul e da Seinfra (Secretaria de Estado de Infraestrutura) no grupo prioritário da construção civil no sistema de cadastro de vacinação contra covid-19.

Ocorre que, como o Campo Grande News divulgou em outras ocasiões, no período em que a imunização desse público estava aberto, os registros de pessoa jurídica (CNPJ) e de atividades (CNAE) estavam gerando confusão, já que a vacinação, segundo a Sesau, não seria para trabalhadores da construção civil, mas para trabalhadores da indústria que exercem atividade de construção civil.

Tanto que era a Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul) é que validavas os CNPJs e os CNAEs que poderiam ser cadastrados para posterior vacinação dos empregados e trabalhadores.

Para a PGE (Procuradoria-Geral do  Estado), que impetrou a ação, no entanto, “as competências da Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos e da Secretaria de Estado de Infraestrutura decorrem de lei, dentre as quais estão o desenvolvimento de políticas públicas de infraestrutura e de obras públicas”, o que por si só, colocariam os servidores do órgão como público-alvo da vacinação a trabalhadores da construção civil.

A procuradoria cita ainda que a Agesul e a Seinfra enviaram ofício à Sesau, na pessoa do secretário municipal de saúde, José Mauro Pinto de Castro Filho, questionando a impossibilidade dos CNPJs e CNAEs serem inseridos no sistema de vacinação e a resposta foi “por entender que “a Seinfra e a Agesul não estão cadastradas no CNAE de construção civil, não sendo possível a inclusão dos servidores neste grupo prioritário”.

Para a PGE, “uma mera formalidade do sistema não pode vilipendiar o direito dos impetrantes e também não pode infringir os critérios de prioridade estabelecidos no Plano Municipal de Imunização”.

Segundo a Sesau, apenas trabalhadores da construção civil ligados à indústria foram autorizados a receber a vacina conforme os planos de imunização e caso a empresa não tenha se CNPJ específico dessa área, o profissional que atua nela também não poderá ser vacinado.

Nos siga no Google Notícias