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Capital

Ex-genro diz que não planejou morte de sogra e que brigou para ver filha

Wantuir Sonchini da Silva disse que foi atrás da filha dele e ouviu da sogra que não iria vê-la nunca mais

Bruna Kaspary e Mirian Machado | 28/12/2018 18:39
Wantuir se entregou hoje e apresentado no final da tarde (Foto: Paulo Francis)
Wantuir se entregou hoje e apresentado no final da tarde (Foto: Paulo Francis)

Em depoimento à delegada, logo após se entregar e confessar a morte da ex-sogra, Wantuir Sonchini da Silva, de 41 anos, afirmou que não premeditou o crime e foi até a casa de Alzai Bernardo Lopes, 59, porque acreditava que a filha dele estivesse no local.

O pedreiro informou que, como já fazia tempo que não via a filha, resolveu ir à casa da Alzai acreditando que a encontraria no local. Porém, recebeu como resposta que nunca mais veria a menina, o que provocou uma briga entre os dois.

Ele ainda diz que, depois da discussão, os dois começaram a trocar agressões e que não se lembra de tê-la esganado, mas que, quando percebeu que Alzai estava morta, ficou transtornado e resolveu fugir. Wantuir ainda completa que teria usado drogas e bebida alcoólica antes do crime e esse seria o motivo de não se lembrar de como matou a sogra.

“Ele está com um ódio muito grande dentro dele que acredito que seria capaz de matar qualquer um, independentemente de quem estivesse na casa”, explica a delegada Sueili Araújo Lima Rocha, que interrogou o pedreiro.

Apesar de apresentar certo arrependimento e até chorar em alguns momentos do depoimento, para a delegada, o pedreiro se contradiz em diversos pontos da história.

Wantuir estava em Ribas do Rio Pardo –a 103 km de Campo Grande– quando percebeu que a foto dele circulava na mídia, decidindo então se entregar. Para a delegada, ele disse que não queria passar a vida fugindo. “Se não fosse a divulgação dessa foto, ele possivelmente estaria ainda mais longe hoje”, concluiu Sueili.

O crime - Alzai foi encontrada morta com sinais de esganadura. Um dos filhos dela, Jurcilei, relatou que passou o Natal na residência de um familiar com a mãe e, por volta das 23h30, deixou-a em casa e foi embora.

Por volta das 6h30 do dia 25, o irmão dele, que estava trabalhando de vigia noturno, chegou e encontrou Alzai caída no chão do quarto. Ainda conforme Jurcilei, não havia sinais de arrombamento e nada foi levado. No entanto, ele encontrou um pé chinelo em um dos cômodos do imóvel que não pertencia à mãe e sangue no portão do imóvel ao lado.

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