Executado dentro de casa entregou mulher que foi decapitada no tribunal do crime
Joice Viana Amorim foi encontrada sem a cabeça em uma estrada vicinal em 2018
Rangel Batista da Silva, de 19 anos, morto com 15 tiros na noite dessa segunda-feira (21), no bairro Nova Lima, em Campo Grande, esteve envolvido, quando adolescente, na morte da jovem Joice Viana Amorim, de 21 anos, encontrada decapitada em maio de 2018, durante “tribunal do crime” do PCC (Primeiro Comando da Capital).
De acordo com informações do processo, Joice teria discutido com Rangel e outros dois adolescentes, quando revelou que fazia parte do “Comando Vermelho”, facção rival ao do PCC.
Dessa forma, Rangel, que dizia fazer parte do grupo como “disciplina”, delatou a mulher que foi interrogada por quatro pessoas da facção, para confirmarem a veracidade da ligação da vítima.
Em seguida, a mulher foi executada e teve o corpo jogado em uma estrada vicinal que dá acesso à Avenida Wilson Paes de Barros, entre os bairros Santa Emília e Nova Campo Grande. O corpo da vítima estava sem a cabeça e com as mãos amarradas para trás.
Por conta da idade, Rangel foi ouvido apenas como testemunha do caso, que teve outros condenados pelo crime.
Execução - De acordo com a Polícia Militar, uma equipe foi acionada com denúncia de violência doméstica no mesmo endereço durante a tarde, mas a comunicante não quis representar contra Rangel. Horas depois, o atirador apareceu. Ele pilotava uma motocicleta Yamaha Fazer preta, entrou na residência e efetuou os disparos.
A vítima estava acompanhada da esposa, sogra e três crianças quando foi atingida. Rangel chegou a ser encaminhado por meios próprios até a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Nova Bahia, foi reanimado, mas não resistiu aos ferimentos.
Conforme apurado no local, vizinhos disseram que não conheciam Rangel. "Só ouvi os tiros. Ele mora aqui faz pouco tempo, não temos contato", disse uma testemunha que não quis ser identificada.
Por meio do GOI (Grupo de Operações e Investigações), a Polícia Civil realizou diligências na residência. Para a reportagem, os civis afirmaram que Rangel tem diversas passagens policiais, que vão de furto, homicídio, tortura, tráfico e roubo. A perícia também foi acionada. O autor continua foragido.
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