Família corre contra o tempo para que Miguel possa continuar respirando
Ele aguarda pela sexta troca da cânula, que é o que o permite respirar, há um ano e seis meses
Nascido prematuro, o pequeno João Miguel, de apenas seis anos, enfrenta problemas de gente grande. Com traqueomalácia e estenose de traqueia (estreitamento do órgão que pode causar problemas respiratórios graves ), ele aguarda há um ano e seis meses pela sexta troca da cânula que o permite respirar.
É preciso trocar o equipamento com frequência porque há risco de infecção e pneumonia. Além disso, conforme ele cresce, o tamanho da cânula também precisa aumentar. A mãe de João, Sandra Alves de Souza, de 43 anos, conta que o filho nasceu com 29 semanas e em seguida sofreu paradas respiratórias, o que fez os médicos descobrirem a traqueomalácia. “O ar entra, mas não sai”, explica.
Assim, ele passou três meses em leito de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) e ao sair, precisava fazer trocas frequentes da cânula, trimestralmente. Mas agora, já se passou muito tempo sem que essa troca ocorra e a criança apresenta cansaço excessivo, além de ter passado sete dias internado com pneumonia no ano passado. “Tem sido assim. Se infecciona, a gente vai na pneumologista e ele toma antibiótico, mas nada de trocar”, lamenta a mãe.
A cânula que ele usa é de 5 cm, mas devido seu tamanho, deve usar outra de 5,5 cm de raio. Como precisa trocar, quando fez um ano do uso da atual e não havia previsão de cirurgia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), Sandra junto com o marido comprou uma por R$ 490,00 e entregou para o médico da Santa Casa responsável pela cirurgia, mas até agora, o filho não foi chamado para o procedimento.
A mãe teme que a criança desenvolva outras doenças e acabe ficando com sequelas. Em página do Projeto Respirar, da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), em rede social, os profissionais afirmam que a possibilidade de obstrução total da cânula e da traqueia é grande. O projeto realiza atendimentos de fisioterapia cardiorrespiratória em recém-nascidos e crianças na CEI (Clínica Escola Integrada) da universidade.
“Devido ao crescimento da criança e risco de infecção, no entanto, mesmo com pedido médico solicitando a troca urgente, ele está há um ano e meio sem conseguir. A traqueo já obstruiu e infectou várias vezes”, diz mensagem do projeto, que ainda pede “a todos que aqui estão, que nos ajudem na divulgação desse caso. E ele precisa do procedimento”.
Para mais informações e saber como ajudar, as pessoas podem entrar em contato aqui ou pelo telefone de Sandra no (67) 99611-2863.