Família de Wesner marca protesto para cobrar rapidez e justiça
Cinco meses após o crime que resultou na morte de Wesner Moreira da Silva, 17 anos, a família do jovem realizará no sábado (15) uma visita coletiva ao cemitério Monte das Oliveiras, no Jardim Campo Alto, em Campo Grande, onde o corpo do rapaz foi sepultado. Essa é mais uma das várias ações que os familiares da vítima realizam com o intuito de chamar a atenção da Justiça de Mato Grosso do Sul para agilizar o julgamento dos acusados.
A mãe de Wesner, Marisilva Moreira da Silva, 44 anos, conta que os protestos viraram uma alternativa para fortalecer a família, que sofre diariamente com a falta do rapaz. “Toda vez que promovemos uma manifestação, ficamos mais fortes. A dor é muito grande, sentimos muita saudade dele”, desabafou.
A ideia inicial era de realizar um protesto em frente ao Fórum de Campo Grande na sexta-feira (14), porém, seguindo orientações dos advogados, a mãe optou em realizar a visita coletiva ao cemitério.Todos os esforços são concentrados para o principal objetivo: a prisão dos acusados. "Não vamos deixar que acabe esquecido o que eles fizeram. Queremos justiça", encerrou.
Indiciamento - No final de maio, o inquérito policial sobre a morte de Wesner foi encaminhado à justiça. Thiago Giovanni Demarco Sena, 20 anos, e Willian Henrique Larrea, 30 anos, suspeitos de terem introduzido uma mangueira de ar comprimido no ânus do adolescente, foram indiciados por homicídio doloso pelo concurso de pessoa. Eles estão em liberdade.
Ao Campo Grande News, o advogado de Thiago e Willian, Francisco Guedes, informou que até o momento seus clientes não foram denunciados pelo Ministério Público. “Eles estão soltos e a disposição da justiça”.
Procurado pela reportagem, o Ministério Público informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o promotor José Arturo Lunes Bobadilla Garcia assumiu o caso, e que o mesmo daria um retorno sobre o assunto, que não foi informado até o fechamento deste texto. O processo corre em segredo de justiça.
Caso - Quem fez a denúncia contra a dupla foi o primo da vítima, de 28 anos, na sexta-feira (3), mesmo dia do crime. No relato à delegacia, o rapaz disse que o adolescente “brincava com os colegas de trabalho”, quando um dos homens o agarrou e o dono do estabelecimento inseriu a mangueira de ar comprimido no ânus do garoto.
Wesner teve hemorragia grave e uma parada cardiorespiratória na Santa Casa nesta terça-feira (14). Segundo a assessoria de imprensa do hospital, onde o adolescente de 17 anos estava internado há 11 dias, ele morreu às 13h35 desta terça-feira (14) depois que médicos tentaram reanimá-lo por 45 minutos.